sexta-feira, 29 de junho de 2012

AS PROBABILIDADES DA GRAÇA


AS PROBABILIDADES DA GRAÇA
Dificilmente haverá alguém que morra por um justo, embora pelo homem bom talvez alguém tenha coragem de morrer. Romanos 5:7
Um noticiário publicou a história fascinante de duas irmãs que deram à luz com a diferença de uma hora no Hospital Northside em Atlanta, nos Estados Unidos. Ashlee Spinks e Andrea Springer descobriram, no sexto mês de gestação, que dariam à luz no mesmo dia. Assim, Spinks foi de Indianápolis para a Geórgia algumas semanas antes para ficar com a irmã.

Cada uma deu à luz a meninos gêmeos através de cesarianas pré-agendadas. As próprias irmãs são gêmeas.

Os casais não fizeram nenhum tratamento de fertilidade para conceber os bebês, mas nas famílias dos quatro pais era comum a ocorrência de gêmeos.

O noticiário apresentou uma entrevista com um médico, especialista em gravidez de alto risco, que afirmou que a probabilidade de irmãs gêmeas ficarem grávidas de meninos gêmeos e darem à luz na mesma data é de um em um milhão.

No mundo de hoje, as pessoas estão acostumadas a falar sobre probabilidades. O estudo de estatísticas capacita o pesquisador a afirmar com precisão as probabilidades contra ou a favor da ocorrência de certo evento. Tais cálculos nos servem muito bem para tomarmos decisões; eles nos ajudam a trazer ordem à vida.

Lembremo-nos sempre, no entanto, de que as chances e probabilidades precisam ser encaradas num contexto muito mais amplo. Os cientistas, por exemplo, calcularam a probabilidade de todas as variáveis necessárias para a formação do Universo. O número a que chegaram é tão grande quanto impressionante. Sim, é factível que a possibilidade astronomicamente remota tenha ocorrido, mas é muito mais lógico que uma Mente colossal tenha criado tudo. Por essa razão, muitos astrofísicos e astrônomos hoje, ao contrário dos da geração passada, reconhecem algum tipo de Ser divino como a fonte do Universo.

Qual a probabilidade da salvação? Raramente alguém morre por um amigo ou por uma boa pessoa, como Paulo mesmo falou; mas qual é a probabilidade de o Criador do Céu e da Terra morrer por um mundo perdido? Qual é a probabilidade de nascer como bebê? Qual é a probabilidade de o Imaculado Filho de Deus tomar sobre Si nossa culpa e vergonha?

Quais são as probabilidades? As probabilidades da graça não têm limites e vão além de todas as expectativas.

 
Autor: JOHNSSON, William G.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

VIVENDO DELIBERADAMENTE


VIVENDO DELIBERADAMENTE
Então Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. Mateus 4:1
Faltavam poucos dias para Henry David Thoreau completar 28 anos quando ele deixou a sociedade em 4 de julho de 1845. Mudou-se para uma cabana que havia construído na encosta de Walden Pond, e viveu sozinho por dois anos, cuidando de suas necessidades. Aparentemente, não tinha intenção de escrever um livro na ocasião em que partiu para Walden, mas nove anos mais tarde a obra Walden; or, Life in the Woods [Walden; ou Vida na Selva] foi publicada. Apesar de não ter vendido muito bem a princípio, mais tarde se tornou um clássico americano.

Em Walden, Thoreau narra a razão de embarcar em sua famosa experiência de viver sozinho. “Fui para a floresta porque desejava viver deliberadamente, [...] e não, ao morrer, descobrir que não vivi.” Vivendo com simplicidade monacal, Thoreau estudou as minúcias da natureza ao redor e seu ciclo ao longo das estações do ano. Os longos períodos de silêncio lhe deram a oportunidade de pensar e refletir sobre quem era e como desejava que fosse sua vida.

Muito antes de Thoreau se retirar para a floresta, Jesus de Nazaré Se retirou para o deserto. Ele também foi pensar e refletir sobre quem era e no propósito de Sua vida. Ao contrário de Thoreau, Jesus estava prestes a embarcar numa missão de suprema magnitude, da qual dependia o sucesso ou o fracasso da humanidade – na verdade, do Universo inteiro. Por causa dessa missão, Ele teve que vir à Terra, deixar a glória celestial, velar Sua majestade, pôr de lado Suas prerrogativas divinas em que “milhares se apressam a atender o Seu comando sobre a terra e o oceano sem descanso” (Milton).

O Espírito conduziu Jesus até o deserto. O mesmo Espírito O instruiu a sair de Nazaré e seguir em direção ao Jordão, próximo a Jericó, local em que João Batista proclamava a proximidade do reino de Deus. Jesus Se uniu à multidão que rodeava João e pediu que ele O batizasse, não porque tivesse pecados não confessados, mas como uma confirmação da mensagem de João e uma declaração pública do início de Sua missão.

Agora um conflito estava sendo travado no deserto. Ao contrário de Thoreau, Jesus enfrentou a pressão das tentações de Satanás. Cada teste tinha como objetivo sabotar Sua missão; mas, para cada teste, Jesus Se apegou a Deus e à Sua Palavra.

Podemos aprender muito com a experiência de Thoreau. Precisamos aprender como viver deliberadamente. Podemos aprender muito mais com Jesus. Seu exemplo nos mostra o caminho para obter poder na vida deliberada.

 
Autor: JOHNSSON, William G.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

A GRAÇA


A GRAÇA
 
Não vivemos ociosamente quando estivemos entre vocês, nem comemos coisa alguma à custa de ninguém. 2 Tessalonicenses 3:7, 8
Uma das regras que Paulo estabeleceu para os seguidores de Cristo foi: “Se alguém não quiser trabalhar, também não coma” (2Ts 3:10). O próprio apóstolo serviu como exemplo disso. Apesar de poder reivindicar o direito de ser sustentado pela igreja, Paulo escolheu trabalhar a fim de pagar as próprias despesas, para não se tornar uma carga para ninguém.

Hoje, muitas pessoas procuram fazer o mínimo para obter o máximo possível. Se conseguirem alguém para sustentá-las, melhor ainda. Sonham em se tornar ricas, levar uma vida fácil e nunca se preocupar em trabalhar novamente. Assim, apostam na loteria.

Jack Whittaker, de Charleston, Virgínia, acertou sozinho a maior loteria acumulada da história dos Estados Unidos – um total de 314 milhões de dólares. Whittaker se contentou com a quantia de 113 milhões de dólares depois de seu prêmio ser tributado e passou a curtir uma vida de lazer e ociosidade.

Dois anos mais tarde, sua esposa, Jewel, relatou a um repórter:

– Gostaria que nada disso tivesse acontecido. Gostaria de ter rasgado aquele bilhete.

Desde que Jack Whittaker ganhou na loteria tinha sido preso duas vezes por dirigir bêbado e enviado para uma clínica de reabilitação. Foi multado por agredir o gerente de um bar e acusado em duas ações na justiça por causar problemas.

Essa história me faz lembrar do primo Fred. Em minha infância, na Austrália, meu primo Fred, bem mais velho, era uma pessoa comum, com um emprego fixo, esposa e filhos. Certo dia, porém, ganhou na loteria. Pediu demissão do emprego e nunca mais trabalhou um dia sequer em sua vida. Começou a beber desvairadamente, vindo a tornar-se alcoólatra. Não demorou muito, sua esposa não suportou a situação e pediu o divórcio. Ao fim de sua vida, o primo Fred era um pobre fracassado.

A indústria dos jogos de azar seduz os pobres e desesperados com esperanças e promessas irreais. Aproveita-se dos indivíduos mais desafortunados da sociedade, levando-os a perder o pouco que possuem dos bens deste mundo. Cria perdedores em todos os sentidos.

A resposta para o pobre e o desesperado – e para todos nós – é graça, não jogos de azar. A graça nos ergue para viver e trabalhar com a dignidade de um filho de Deus.
Autor:JOHNSSON, William G.

terça-feira, 26 de junho de 2012

A VONTADE DE CRER


A VONTADE DE CRER

Sejamos criativos para incentivar ao amor e à ajuda mútua, sem deixarmos de reunir-nos como alguns fazem, mas encorajando-nos uns aos outros, especialmente ao vermos o grande Dia se aproximar. Hebreus 10:24, 25, The Message
Jesus disse que haveria falta de fé por ocasião de Sua volta. Hoje, a dúvida, o ceticismo e a descrença prosperam. Até mesmo muitos professos seguidores de Jesus são fracos e vacilantes na fé.

Numa época como esta, acendamos uma vela em vez de amaldiçoarmos a escuridão. Inclinemo-nos ao vento, mantendo em mente que a vida cristã fica mais forte depois de um conflito; que se trata de uma batalha e de uma marcha; que cadeiras almofadadas e tempos de tranquilidade nos tornam débeis e fracos.

Creio profundamente no exercício da vontade de crer. Ou seja, aproveitar cada oportunidade para nutrir a fé e descartar todas as outras que nutrem a descrença. Precisamos pensar, lutar sobre questões difíceis (não há futuro para uma igreja que enterra a cabeça na areia), mas sempre dentro do contexto da fé. Somos seguidores de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador. Ponderamos sobre Suas reivindicações e tomamos nossa decisão; não há volta. Firmamos esse alicerce e não o rejeitaremos.

Um modo simples, mas importante, de exercitarmos a vontade de crer é levantar aos sábados pela manhã e ir à igreja. A frequência aos cultos não se trata simplesmente de uma opção para o cristão. Somos membros do corpo de Cristo. Não estamos sozinhos. Assim como a mão, o olho ou o pé não podem existir independentemente dos outros membros, não podemos “viver” a vida cristã sozinhos.

Assim, nos recusamos a seguir a correnteza juntamente com a multidão comum em direção ao lago da dúvida. Levantamo-nos para ouvir a pregação da Palavra, para participarmos da comunhão dos santos, para fortalecer e sermos fortalecidos.

Sim, podemos adorar a Deus em meio à natureza. Podemos nos retirar a um lugar tranquilo para estudar a Bíblia e orar sozinhos. Mas tais ocasiões devem ser a exceção. Como cristãos, devemos estar na igreja aos sábados pela manhã. A igreja é a comunhão da graça. A ausência aos cultos da igreja é uma clara evidência de que a vida espiritual começou a escorregar no tobogã da falta de fé.

Aproxima-se o grande Dia. Em breve, Aquele que veio pela primeira vez para revelar o amor do Pai e resgatar-nos do pecado e da morte voltará. Então, a comunhão da graça se estenderá de polo a polo e de mar a mar.

 
Autor: JOHNSSON, William G.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

PAZ PERFEITA


PAZ PERFEITA
Deixo-lhes a paz; a Minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo. João 14:27
A saudação costumeira das cartas de Paulo (“Graça e paz de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo”) relaciona graça e paz. Graça é a fonte, paz o resultado. Por causa da graça temos paz.

A paz se origina em Jesus, cheio de graça, que, antes de subir ao Céu, abençoou os discípulos concedendo-lhes o dom da paz. Hoje não é diferente: a única verdadeira paz pode ser encontrada apenas em Jesus. Você pode procurar paz buscando a ajuda de “especialistas”, que com muita alegria pegarão o seu dinheiro, o incentivarão a contar seu passado e tentarão ajudá-lo a superá-lo. Não me entenda mal: conselheiros e aconselhamento têm o seu lugar, mas, enquanto você não permitir que Jesus faça morada em seu coração, sempre haverá um vazio, um anseio não preenchido em seu ser.

Como escreveu Edward Bickersteth, somente “o sangue de Jesus transmite paz interior”. Leia a seguinte descrição da mensageira do Senhor a respeito da vida interior de Jesus: “No coração de Cristo, onde reinava perfeita harmonia com Deus, havia paz perfeita. Nunca Se exaltou por aplauso, nem ficou abatido por censuras ou decepções. Entre as maiores oposições e o mais cruel tratamento, ainda Ele estava de bom ânimo” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 330).

Que maneira maravilhosa de viver! Que diferença da maneira como muitos de nós encaramos a vida hoje, inclusive os que professam o nome de Jesus!

A tendência geral de nossa era corre para a direção oposta. Em vez do dom da perfeita paz de Cristo, procura-se agitação constante. Cada vez mais rápido. Cada vez mais alto. Cada vez mais emoção. A adrenalina não para de correr nas veias.

Não conseguimos, no entanto, suportar uma vida assim. Quanto mais alto voarmos, maior será o tombo.

Realmente almejamos a paz que Cristo oferece? Então, precisamos começar a deixar de lado os produtos à base de cafeína e as pílulas que nos mantêm acordados e animados, mas que depois levam à depressão. Precisamos colocar nossa vida em ordem: respeitar o período de sono, esquecer os programas de televisão noturnos. Precisamos passar momentos em silêncio todos os dias, períodos tranquilos o suficiente para conversarmos com Deus e ouvi-Lo, para nos alimentarmos de Sua Palavra.

Você quer mesmo ter perfeita paz? Conceda essa oportunidade a Deus.

Autor: JOHNSSON, William G.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

OCUPADO DEMAIS PARA VOLTAR


OCUPADO DEMAIS PARA VOLTAR
Portanto, meus amados irmãos, mantenham-se firmes, e que nada os abale. Sejam sempre dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil. 1 Coríntios 15:58
Se o cristianismo fosse bem-sucedido em Corinto, obteria sucesso em qualquer outro lugar. A cidade de Corinto, estrategicamente localizada em uma faixa estreita de terra que liga o norte da Grécia à península do Peloponeso, ao sul, estava próxima a cidades portuárias e carregava a fama de centro da farra cosmopolita. Gregos, romanos, judeus e asiáticos se reuniam ali.

Eles iam para realizar negócios, mas também em busca de “diversão”. Ao sul da cidade, erguia-se um monte de 550 metros de altitude e em cujo pico se encontrava o templo de Afrodite. O templo abrigava cerca de mil escravas que serviam como prostitutas sagradas. A cidade era universalmente conhecida por sua imoralidade. A expressão “garota de Corinto” era sinônima de prostituta, e “corintianizar” significava abandonar as restrições morais.

Paulo pregou e estabeleceu uma igreja naquele lugar imoral e libertino (At 18:1-18). Um dos primeiros conversos foi Erasto, mencionado em Romanos 16:23 como o tesoureiro da cidade (ARA), possivelmente o responsável pelas ruas e os prédios de Corinto. É interessante notar que os arqueólogos encontraram uma inscrição com seu nome identificando-o como um oficial público.
Ser um cristão em Corinto não era fácil (será que é fácil em algum lugar?). Até mesmo em nossos dias as cidades portuárias não são conhecidas por suas igrejas e comprometimento religioso! A igreja recém-formada se reunia em uma casa, ou casas, e os membros eram recrutas inexperientes do exército do evangelho. Paulo os saúda como “santos” (1Co 1:2) e em seguida passa a apontar uma série de problemas: partidarismo, incesto, ação judicial entre eles, envolvimento com prostitutas, desordem no serviço de culto, dúvidas a respeito da doutrina da ressurreição e assim por diante.

Havia várias coisas em Corinto, tanto na cidade quanto na igreja, que poderiam levar Erasto, ou qualquer outro, a perder a fé. Mas Paulo aconselha: “Mantenham-se firmes, e que nada os abale.” Não deixem que nada enfraqueça a confiança em Cristo ou os impeça de seguir o caminho de Cristo. E qual é a melhor maneira de continuar no caminho estreito? “Sejam sempre dedicados à obra do Senhor”.
Esse ainda é um bom conselho aos seguidores de Cristo. Que hoje nos dediquemos plenamente ao trabalho do Senhor para que Satanás não tenha espaço em nossa vida.


Autor: JOHNSSON, William G.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

MEIO CHEIO OU MEIO VAZIO



MEIO CHEIO OU MEIO VAZIO?

Para os puros, todas as coisas são puras; mas para os impuros e descrentes, nada é puro. Tito 1:15

Nossa maneira de enxergar a vida faz toda a diferença. O copo está meio cheio ou meio vazio? Dois homens olhavam pela janela da cela da prisão. Um viu lama, outro as estrelas.

Ao permitirmos que Jesus governe nossa vida, recebemos do Pai uma visão celestial. A graça abre nossos olhos para admirarmos as obras de Suas mãos. Ficamos alerta para as evidências de Sua providência e direção. Incomodo-me em ouvir os cristãos continuamente reclamar e resmungar porque se concentram no copo meio vazio em vez de enxergá-lo meio cheio.

Um leitor da Adventist Review [Revista Adventista norte-americana] partilhou o seguinte pensamento:

“Esta manhã olhei pela janela de meu apartamento (com vista para o leste) e admirei o nascer do Sol mais bonito do que qualquer artista é capaz de retratar. O espectro das cores rosa, roxo e dourado, com o fundo azul do céu, era tão impressionante que não consegui parar de dizer: ‘Obrigado, Senhor, por essa cena maravilhosa.’

“Ao refletir sobre essa cena e as maravilhas da natureza que vejo pela janela de meu apartamento ou ao visitar o parque próximo de minha residência, ocorreu-me o pensamento de que Deus deve ter passado momentos maravilhosos durante a semana da criação. Imagino todas as criaturas interessantes (que palavra deveria usar?) que Ele criou: elefantes, zebras, búfalos, esquilos, furões, araras, beija-flores. Depois todas as lindas flores que Ele fez (rosas, crisântemos, peônias, margaridas, lírios, girassóis que giram com tanta graça, virados para o leste pela manhã e gradualmente girando para o oeste à medida que o Sol cruza o céu). O hino ‘Quão Grande És Tu’ me vem à mente.

“Finalmente, ao pensar no óvulo humano fecundado, medindo cerca de um centésimo da cabeça de um alfinete, mas carregando o projeto do corpo humano incrivelmente complexo, pergunto-me como é possível alguém ser ateu. Se faltasse qualquer uma das partes mais importantes do corpo – o cérebro, a boca, a garganta, o coração, os pulmões, os rins, o fígado, o intestino grosso e delgado – a vida humana não poderia existir. Todas as partes do corpo humano de repente se desenvolveram para formar o homo sapiens? Quão cegos podem ser alguns cientistas!”


 Autor: JOHNSSON, William G.

terça-feira, 19 de junho de 2012

SÚPLICA POR REAVIVAMENTO


SÚPLICA POR REAVIVAMENTO
Senhor, ouvi falar da Tua fama; tremo diante dos Teus atos, Senhor. Realiza de novo, em nossa época, as mesmas obras, faze-as conhecidas em nosso tempo; em Tua ira, lembra-Te da misericórdia. Habacuque 3:2
Recordar os feitos de Deus é uma parte importante da vida do cristão. No Antigo Testamento, encontramos os salmistas e os profetas lembrando o povo dos milagres realizados por Yahweh ao longo da história de Israel: as pragas do Egito, a travessia do Mar Vermelho, os 40 anos no deserto, a conquista de Canaã. Jesus também nos instruiu a fazer o mesmo em relação à Ceia do Senhor: “Façam isto em memória de Mim” (1Co 11:24). Para o povo de Deus e Seus filhos individualmente, a seguinte afirmação ainda é válida: “Nada temos a recear quanto ao futuro, a menos que nos esqueçamos da maneira em que o Senhor nos tem guiado” (Ellen G. White, Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 31).

Para nenhum de nós, a vida espiritual é uma linha firme e estável apontada constantemente para cima. Sofremos altos e baixos. Às vezes, nosso trabalho parece árduo e sem resultados. Com frequência, sentimo-nos cansados de proceder corretamente, exaustos mental e espiritualmente de tentar servir ao Senhor e levantar Sua igreja.

Devemos fazer o mesmo que Habacuque: recordar da época em que a presença de Deus se manifestava de forma marcante em nossa vida. No momento em que o tentador vier como uma avalanche, lembre-se dos feitos poderosos de Deus em sua vida. Recorde-se de como seu coração pulsou mais forte em seu peito ao entregar a vida a Jesus e aceitá-Lo como seu Salvador e Senhor. Reviva a ocasião em que obteve uma resposta emocionante de suas orações ou testemunhou uma intervenção divina extraordinária em sua vida, um presente da graça.

Ao visitar a Coreia, conheci um maravilhoso retiro espiritual isolado nas montanhas. Cristãos de todas as idades ficam naquele local por vários dias ou para passar a semana; membros leigos e pastores o visitam; muitos voltam ano após ano. No retiro, o silêncio quase total é mantido, nada de conversas e, certamente, nada de telefones ou rádios. Administrado pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, o retiro contém uma área reservada com várias pequenas câmaras de oração individuais equipadas com esteiras e sistema de aquecimento para aqueles que desejarem passar a noite inteira em comunhão com Deus.

Amigo, você sente que sua experiência espiritual está sem vida? Lembre-se do momento em que conheceu o Senhor. Ele ainda é o mesmo: poderoso para salvar e poderoso para renovar. O Deus da graça reavivará você.

Autor: JOHNSSON, William G.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

PERGUNTAS DE UM CRENTE


PERGUNTAS DE UM CRENTE

Eis o soberbo! Sua alma não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé. Habacuque 2:4, ARA
Uma das características mais interessantes da Bíblia é a sinceridade com que apresenta a condição humana. Não ameniza, muito menos encobre, os defeitos de personagens heroicos como Davi, no Antigo Testamento, e de Pedro, no Novo. Por esse e tantos outros motivos, temos a certeza de que a Bíblia transcende tempos e gerações: ela fala a você e a mim hoje como se tivesse sido escrita para nós, o que, de fato, foi.

Na Bíblia, geralmente encontramos pessoas que conhecem bem a Deus dialogando com Ele, muitas vezes com uma sinceridade surpreendente. Mas nenhum livro da Bíblia é mais direto do que o pequeno livro de Habacuque.

“Até quando, Senhor, clamarei por socorro, sem que Tu ouças? Até quando gritarei a Ti: ‘Violência!’ Sem que tragas salvação?” (Hc 1:2), rogou o profeta. À sua volta, testemunhava roubos, brigas, rivalidade e perversidade, e o que Deus estava fazendo? Aparentemente nada.

Esta é uma pergunta muito comum: “Deus, por que não fazes alguma coisa?” Essa foi a pergunta feita pelos judeus em Auschwitz, a mesma pergunta que fazemos ao acompanharmos um ente querido na luta contra uma doença grave que lhe ameaça a vida.

Deus respondeu a Habacuque. Revelou-lhe que em breve permitiria que os babilônios invadissem a terra. Eles seriam usados como instrumentos para trazer o julgamento divino sobre a nação pecaminosa.

Os babilônios? Aquilo era demais para Habacuque suportar. Sim, Israel era uma nação defeituosa, mas os babilônios idólatras e pagãos eram dez vezes pior! “Por que toleras os perversos? Por que ficas calado enquanto os ímpios devoram os que são mais justos que eles?” (v. 13).
Esta é outra pergunta muito comum: “Deus, por que fizeste isso comigo? Por que me fazes sofrer assim?”

Deus concedeu ao profeta uma resposta, a mesma resposta que nos dá hoje: “O justo viverá pela sua fé” (Hc 2:4, ARA). Deus disse a Habacuque, e nos diz hoje, para confiar nEle. Nossa visão é curta, mas a visão de Deus é infinita. Ele nos ama e, se permitirmos, Ele resolverá tudo para que nossa história tenha um final feliz.

 
Autor: JOHNSSON, William G.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

MENTINDO PARA O ESPÍRITO



MENTINDO PARA O ESPÍRITO

Então perguntou Pedro: “Ananias, como você permitiu que Satanás enchesse o seu coração, ao ponto de você mentir ao Espírito Santo e guardar para si uma parte do dinheiro que recebeu pela propriedade?” Atos 5:3

Em uma das parábolas de Jesus, Ele relacionou o reino do Céu a uma rede lançada ao mar que, ao ser puxada para a praia, traz peixes bons e ruins (Mt 13:47-50).

O mesmo ocorre na igreja. Uma das pessoas mais próximas de Jesus se tornou o traidor. Na igreja primitiva encontramos “peixes ruins” entre aqueles apanhados pela rede do evangelho, como o feiticeiro Simão (At 8:9-13) e o casal Ananias e Safira.

Até o capítulo cinco de Atos, lemos apenas coisas positivas a respeito dos seguidores de Jesus. Eles receberam o derramamento do Espírito Santo; testemunharam poderosamente aos habitantes de Jerusalém; estavam unidos em oração, na pregação do evangelho e na comunhão. Não havia necessitados entre eles, pois os mais prósperos vendiam suas posses e partilhavam com aqueles em necessidade. Ocorreu um grande milagre: um homem paralítico de nascença passou a andar e a saltar. Os líderes judeus advertiram, ameaçaram e prenderam os apóstolos, mas não foram capazes de silenciá-los.

Então houve a história de Ananias e Safira. O casal tinha decidido vender uma propriedade e doar o dinheiro à igreja. Mas, ao levarem o dinheiro da venda aos apóstolos, mentiram. Disseram que ali estava a quantia total que tinham recebido pela propriedade, mas, na verdade, haviam separado parte para uso próprio. Ninguém os persuadiu a vender a propriedade. Ninguém lhes disse que ofertassem a quantia total à igreja. Mas desejavam aparentar piedade aos apóstolos e aos membros. Não queriam aparentar mesquinhez ou amor aos bens materiais, o que de fato sentiam.

Que estupidez! Diante da presença do Espírito Santo manifestada de forma tão intensa entre os fiéis, como puderam pensar que sairiam ilesos com um golpe desse?

O amor ao dinheiro fará isso com você. Mesmo estando na igreja. O amor ao dinheiro o fará pensar que pode enganar até mesmo o Senhor. Ocorreu no passado, ocorre hoje também.

Deus nos conclama para que manifestemos uma honestidade inabalável. A honestidade não é a melhor política, pois não tem nada que ver com política. Honestidade é um princípio, um princípio que começa com Deus. Quando formos honestos com o Espírito Santo, seremos honestos com todos os demais.

Autor: JOHNSSON, William G.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

APTOS PARA O CÉU


APTOS PARA O CÉU
Nós amamos porque Ele nos amou primeiro. 1 João 4:19
Quando é que nos tornamos aptos para o Céu? Será ao fim de uma longa vida de discipulado, quando não mais cedemos à tentação? Ou será no momento em que aceitamos Jesus como Senhor e Salvador de nossa vida, assim como o ladrão na cruz?

Na sua clássica biografia da vida de Cristo, O Desejado de Todas as Nações, Ellen White apresenta uma resposta impressionante: “O amor aos homens é a manifestação do amor de Deus em direção à Terra. Foi para implantar esse amor, fazer-nos filhos de uma família, que o Rei da Glória Se tornou um conosco.

E quando se cumprirem as palavras que disse ao partir: ‘Que vos ameis uns aos outros, assim como Eu vos amei’ (Jo 15:12); quando amarmos o mundo assim como Ele o amou, então Sua missão por nós está cumprida. Estamos aptos para o Céu; pois o temos no coração” (p. 641).

Que palavras inspiradas! Elas nos desafiam a uma vida em meio à hostilidade da cidade, onde as pessoas lutam para sobreviver mais uma noite e depois outro dia, onde a preocupação e o medo do futuro deixam o coração pesaroso.

Ouço alguém perguntar: “Mas a Bíblia não nos diz para não amarmos o mundo?” Realmente. “Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele” (1Jo 2:15). A Bíblia, no entanto, também nos diz: “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o Seu Filho Unigênito para que todo o que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16). Portanto, há duas maneiras de amar o mundo: como fazem os pecadores ou como faz o santo Deus.

João afirmou que amar o mundo como fazem os pecadores é o mesmo que “a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens” (1Jo 2:16). Porém, o amor de Deus pelo mundo é um amor zeloso e generoso que atribui um valor supremo a cada ser humano, não importa sua posição social ou a confusão que esteja sua vida.

Jesus nos disse: “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como Eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros” (Jo 13:34). O texto original nos permite traduzir as Suas palavras da seguinte maneira: “Amem uns aos outros, como Eu os amei, para que vocês possam amar um ao outro.” João esclareceu ainda mais a questão: “Nós amamos porque Ele nos amou primeiro” (1Jo 4:19).

Ao meditarmos na graça maravilhosa, à medida que o amor divino inunda nosso ser, começamos a ser transformados à Sua semelhança. Assim, passamos a amar o mundo como Deus o amou.

Autor: JOHNSSON, William G.

terça-feira, 12 de junho de 2012

A CONSTANTE UNIVERSAL


A CONSTANTE UNIVERSAL
Deus é amor. 1 João 4:16
A constante em todo o Universo, mais certa do que as estrelas em seu curso, é esta verdade: Deus é amor.

Vivemos em meio a um conflito cósmico; nosso mundo se desencaminhou terrivelmente. Mas, quando o mal atingir o limite de sua taça e o pecado e os pecadores deixarem de existir, a afirmação de que Deus é amor estará adornada nos céus e no coração de todos os seres criados.

Contemplamos a natureza hoje. Cardos e espinhos brotam da terra. Terremotos e furacões, secas e enchentes, pestes e pestilências assolam o mundo. Mas “‘Deus é amor’ está escrito sobre cada botão que desabrocha, sobre cada haste de erva que brota. Os amáveis passarinhos, a encher de música o ar, com seus alegres trinos; as flores de delicados matizes, em sua perfeição, impregnando os ares de perfume; as altaneiras árvores da floresta, com sua luxuriante ramagem de um verde vivo – todos testificam da terna e paternal solicitude de nosso Deus, e de Seu desejo de tornar felizes Seus filhos” (Caminho a Cristo, p. 10).

Quando Ellen White começou a escrever a história de nossa redenção, iniciando com o surgimento do mal no próprio Céu, passando pela vitória de Jesus Cristo e prosseguindo até a restauração final de todas as coisas, suas primeiras palavras foram: “‘Deus é amor’ (1Jo 4:8). Sua natureza e Sua lei são amor. Assim sempre foi; assim sempre será. ‘O Alto e o Sublime, que habita na eternidade’, ‘cujos caminhos são eternos’, não muda. NEle ‘não há mudança nem sombra de variação’” (Patriarcas e Profetas, p. 33).

Após a publicação de cinco livros e cerca de 3.600 páginas, ela encerrou sua obra. E o último parágrafo do último volume da série O Grande Conflito diz assim: “O grande conflito terminou. Pecado e pecadores não mais existem. O Universo inteiro está purificado. Uma única palpitação de harmonioso júbilo vibra por toda a vasta criação. DAquele que tudo criou emanam vida, luz e alegria por todos os domínios do espaço infinito. Desde o minúsculo átomo até o maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas, em sua serena beleza e perfeito gozo, declaram que Deus é amor” (O Grande Conflito, p. 678).

Vivo pela constante universal: Deus é amor. Quando minha casa vem abaixo, Deus é amor. Quando tudo mais falha, Deus é amor.
Quero viver por essa constante hoje. E você?
 
Autor: JOHNSSON, William G. JESUS A Preciosa Graça.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

O SIGNIFICADO DA GRAÇA


O SIGNIFICADO DA GRAÇA

Aquele que se diz “religioso” por meio de conversas ilusórias engana-se a si mesmo. Esse tipo de religião é tagarelice, apenas tagarelice. A verdadeira religião é aquela que está à altura das exigências de Deus o Pai, que é: atender as necessidades do morador de rua e daquele que não tem amor e não se contaminar com a corrupção do mundo ímpio. Tiago 1:26, 27, The Message

Se Tiago tivesse escrito esse texto hoje, talvez acrescentaria as pessoas em casas de repouso à lista dos necessitados que devemos atender.

Um amigo enviou a seguinte mensagem da Austrália: “Ao visitar meus pais numa casa de repouso, notei que voluntários são escalados para alimentar pacientes que não têm condições mentais de se alimentar sozinhos. Pude testemunhar a graça em ação.

“Não se trata de algo esporádico, mas de pessoas que reservam um bom período de seu tempo livre para ir regularmente à casa de repouso para alimentar pacientes cujo cérebro parou de funcionar adequadamente. Os voluntários chegam alegres e animados (ao número 18 de sua lista), apoiam o paciente com travesseiros, gentilmente o alimentam e ficam em pé durante “séculos” esperando o alimento ser ingerido. Enquanto esperam, falam coisas agradáveis aparentemente consigo mesmos.

“Parece que o paladar das pessoas de idade avançada não funciona mais como deveria. Aquilo que aparenta ser tão apetitoso no prato é recebido como algo semelhante a papelão. Até mesmo a sobremesa não é saboreada. Mesmo assim, a graça oferecida pelos voluntários se estende ao número 19 com a mesma alegria, ânimo e vivacidade. Não se ouve nenhuma reclamação cair-lhes dos lábios.

“Comecei a pensar em todas as pessoas envolvidas nesse tipo de trabalho – enfermeiras que atendem em UTIs, berçários, profissionais que cuidam de pessoas ligadas a aparelhos para receber a alimentação – e a graça que partilham aparentemente sem nenhuma recompensa.

“Acho que esse é o significado da graça. Ao proferir a oração sobre o alimento, passei a incluir esses voluntários e peço ao Senhor que lhes conceda integridade e paciência ao dedicarem tempo para partilhar a graça.”

Concordo plenamente. Graça significa mudar o mundo. Graça significa amenizar o fardo de alguém. Graça significa nova vida que, ao ser vivida, flui para outros como uma fonte.

Graça significa Jesus, a personificação da graça que viveu exatamente como Tiago descreveu.

 Autor: JOHNSSON, William G. JESUS A Preciosa Graça.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

GRAÇA SOBRE GRAÇA


GRAÇA SOBRE GRAÇA

Todos recebemos da Sua plenitude, graça sobre graça. João 1:16
“Vimos a Sua glória, [...] cheio de graça e de verdade”, escreveu João, o amado (Jo 1:14). E completou: “Todos recebemos da Sua plenitude” (v. 16). Jesus é a personificação da graça; Ele é a plenitude da graça. Essa plenitude transborda até nos atingir.

Eugene H. Peterson traduziu essa passagem da seguinte maneira: “Todos nós vivemos à custa de Sua generosa liberalidade, dádiva após dádiva após dádiva.” Gosto dessa tradução, pois a essência da graça é o favor de Deus, concedido gratuitamente, sem merecermos. “Graça sobre graça” (tradução literal) sugere dádiva sobre dádiva. A tradução de Peterson “dádiva após dádiva” habilmente enfatiza a abundância da graça. Nosso Deus é um Deus de abundância; a palavra “mesquinho” não faz parte de Seu vocabulário. Em Sua misericórdia e compaixão pelos pecadores é generoso para com o pródigo imperfeito.

Aqui está um exercício para aquecer seu coração: procure numa concordância bíblica as palavras “abundante”, “abundantemente” e “abundância”. Você notará a ocorrência dessas palavras tanto nas versões mais antigas quanto nas mais modernas. Paulo afirmou que Deus “é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos” (Ef 3:20, ARC).
Que expressão interessante! Se fôssemos editar o texto de Paulo, omitiríamos “muito mais” por ser redundante. Mas Paulo sabia o que estava fazendo. Ele exagerou nos advérbios na tentativa de expressar em palavras algo que não pode ser reduzido a palavras: a incrível habilidade de nosso Deus de suprir todas as nossas necessidades, de fazer muito mais do que podemos pedir ou imaginar.

Em Jesus vemos a personificação da natureza de nosso generoso Deus. O Pai, abundante em amor, privou o Céu de seu mais excelente tesouro ao conceder-nos o Filho unigênito para que tivéssemos a vida eterna (Jo 3:16) – vida em abundância (Jo 10:10) e infinita (1Jo 5:11, 12).
Nenhum pecado é grande demais que nosso generoso Deus não possa perdoar. Onde o pecado abundou, a graça superabundou. Nenhuma situação é tão desesperadora para o Deus da abundância não prover solução; quer seja a fome, o perigo, a enfermidade, a fraqueza ou a cruel tentação. Nem mesmo a própria morte. Na última mensagem escrita de Ellen White, lemos: “Tão forte é Seu amor que domina todos os Seus poderes, e emprega os vastos recursos do Céu em fazer bem a Seu povo” (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 519).
(JOHNSSON, William G. JESUS A Preciosa Graça.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

A ESTRADA MENOS PERCORRIDA


A ESTRADA MENOS PERCORRIDA

Pois o Senhor aprova o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios leva à destruição! Salmo 1:6

“Em duas partiu-se num bosque a estrada, e eu... eu escolhi a menos percorrida e isso fez toda a diferença” (Robert Frost).

A estrada menos percorrida ainda é o caminho para os seguidores de Jesus. Ele nos disse: “Entrem pela porta estreita, pois larga é a porta e amplo o caminho que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela. Como é estreita a porta, e apertado o caminho que leva à vida! São poucos os que a encontram” (Mt 7:13, 14).
Encontramos a descrição de dois caminhos no primeiro capítulo do livro de Salmos. Um é o caminho do justo, “aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores” (v. 1). Hoje poderíamos colocar da seguinte maneira: aquele que não trilha o caminho do secular, dos valores materiais; aquele que não segue a maioria simplesmente por ser um caminho mais fácil; aquele que se afasta da influência destruidora do cinismo.

Para aqueles que trilham a estrada menos percorrida – o caminho de Deus – “sua satisfação está na lei do Senhor, e nessa lei medita dia e noite” (v. 2). Para os hebreus, a lei de Deus englobava mais do que os Dez Mandamentos, apesar de os dez preceitos serem o auge da lei. A Torá (lei) englobava toda a revelação da vontade divina disponível à humanidade. Para nós hoje, encontramos a revelação da vontade divina na Bíblia, instrumento concedido pelo Senhor para nos mostrar como viver.
Para aqueles que seguem a estrada menos percorrida, há vida em abundância. São como a “árvore plantada à beira de águas correntes” que produz frutos deliciosos e cujas folhas não murcham (v. 3). Tudo o que fazem “prospera”. Isso não quer dizer que fiquem ricos ou que estejam protegidos contra dores de cabeça e situações difíceis, mas que Deus está ao seu lado para o que der e vier.

O mesmo não ocorre com os que escolhem o caminho largo. Eles são como a palha levada pelo vento – hoje, eles parecem prosperar e viver a vida intensamente, mas amanhã deixam de existir e caem no esquecimento (v. 4). Além disso, eles enfrentarão o julgamento divino, ocasião em que todo ser humano será chamado a dar contas a Deus de como utilizou o dom da vida que recebeu.
A estrada menos percorrida é o melhor caminho. É o caminho da plenitude de vida aqui e agora – a oportunidade de estar plenamente vivo. É o caminho que leva à felicidade eterna.
(JOHNSSON, William G. JESUS A Preciosa Graça.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

O AMADURECIMENTO


O AMADURECIMENTO

Pois, da mesma forma que o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, o Filho também dá vida a quem Ele quer. João 5:21
Algum tempo atrás, ouvi um sermão muito inspirador proferido pelo querido pastor Walter Wright. A mensagem, com base na história da cura do homem coxo de Atos 3, foi poderosa por natureza, mas adquiriu ainda mais poder devido às circunstâncias. Cinco meses antes de proferir esse sermão, o pastor Wright havia sido diagnosticado com um tumor maligno na coxa direita. Aquela foi sua primeira apresentação pública desde então.

O pastor Wright e a esposa receberam a triste notícia no dia 9 de junho. O prognóstico sugeria uma provável cirurgia de amputação da perna direita, seguida de uma chance incerta de sobrevivência. Ele nos confessou que a previsão médica o levou à beira do desânimo, mas que as orações dos muitos irmãos, conhecidos e desconhecidos, o ajudaram a prosseguir.

Ele aprecia muito cuidar do jardim e do pomar. Por isso, alguns dias depois de ouvir o prognóstico, a esposa e ele estavam no quintal, admirando as jovens macieiras que haviam plantado. As árvores tinham produzido 14 frutos. Ao observar alguns escaravelhos nas folhas, o pastor Wright comprou inseticida e aplicou cuidadosamente nas árvores.

No dia seguinte, as folhas amanheceram com um tom amarronzado. Com o passar dos dias, secaram e caíram. As maçãs também caíram – todas, exceto duas. Aquela parecia ser a gota d’água. Estavam realmente cercados pela morte.

Então, algo maravilhoso aconteceu: as árvores começaram a brotar novamente! Os brotos cresceram cheios de vida, como se fosse uma segunda primavera, e logo as árvores estavam repletas de belas folhas verdes. Para o casal, aquele foi um sinal de esperança enviado por um Deus de amor.

Ao chegar o mês de novembro, as árvores ainda estavam verdes, mesmo depois que as folhas das árvores ao redor tinham caído completamente quando se preparavam para o rigoroso inverno de Michigan. As duas macieiras permaneceram firmes, agora ainda mais frondosas e carregadas de frutos. O pastor e a esposa apanharam as maçãs e se deliciaram com elas. Aquelas eram as maçãs mais doces e suculentas que já tinham provado! A cada mordida, o pastor e a esposa diziam e pensavam: “Aleluia!”

Os cirurgiões retiraram o tumor maligno e pouparam a perna do pastor Wright.
(JOHNSSON, William G. JESUS A Preciosa Graça.

terça-feira, 5 de junho de 2012

AS ÚLTIMAS PALAVRAS DE MOISÉS


AS ÚLTIMAS PALAVRAS DE MOISÉS

O Deus eterno é o seu refúgio, e para segurá-lo estão os braços eternos. Ele expulsará os inimigos da sua presença, dizendo: “Destrua-os!” Deuteronômio 33:27
Vivemos numa época de grandes incertezas. Todos os noticiários parecem trazer apenas notícias ruins. Países em guerra ou em desordem. Nações sofrendo com o medo de ataques terroristas ou de armas biológicas. O mundo está chegando ao fim de suas forças. Os líderes enfrentam problemas tão grandes e complexos que desafiam a lógica humana.

A revista Time publicou uma matéria de capa intitulada “America the Anxious” [América, a Ansiosa]. A revista Newsweek, por sua vez, publicou a matéria: “Anxiety and Your Brain: How Living With Fear Affects the Mind and Body” [Ansiedade e o Cérebro: Como Viver com Medo Afeta a Mente e o Corpo]. Nos Estados Unidos, as pílulas antiestresse estão vendendo cada vez mais. Os antidepressivos como Prozac e Xanax registram bilhões em vendas.

Onde podemos encontrar segurança numa época como essa? Somente na Bíblia. Onde podemos encontrar refúgio? Em Cristo Jesus, a Rocha. O Deus eterno, Aquele que está acima do tempo, do espaço e de nosso pequeno planeta imerso em desgraças, promete ser nosso refúgio. Embora tudo mais fracasse, Ele nunca fracassa. Embora tudo mais seja transitório, Ele nunca muda. Em Deus e unicamente nEle podemos encontrar refúgio certo em tempos incertos.

Ele promete mais: “Para segurá-lo estão os braços eternos.” Assim como colocamos nossos braços sob os braços de nossos filhos para servir de apoio ao darem os primeiros passos, Deus coloca Seus braços sob os nossos, mantendo-nos seguros e protegendo-nos do mal.

Deus quer nos sustentar a cada instante. Em meio ao medo e à dúvida, quando vemos a vida desmoronar sobre nós, Ele deseja conceder-nos a verdadeira calma, um profundo senso de paz em Sua presença. Essa calma abre as portas de nosso coração para recebermos Sua graça, amor e força.

A promessa não para por aqui. Ainda há uma terceira promessa apresentada no texto maravilhoso de hoje que nos assegura: “Ele expulsará os inimigos da sua presença, dizendo: ‘Destrua-os!’” Não importa quem seja o inimigo – seja o medo, a preocupação, a ansiedade, a descrença, a crítica – Deus pode e cuidará disso se O buscarmos.

Deus é o nosso refúgio! Deus é o nosso sustentador! Deus é a nossa vitória! Que linda esperança! Essas foram as últimas palavras de Moisés. Ele não podia ter dito coisa melhor.
(JOHNSSON, William G. JESUS A Preciosa Graça.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

CONTANDO OS NOSSOS DIAS



Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria. Salmo 90:12
O Salmo 90, que carrega o título “Oração de Moisés, homem de Deus”, contrasta a brevidade da vida humana com a eternidade de Deus. As cadências magníficas e harmoniosas desse salmo ampliam nossa visão, convidando-nos a olhar além dos valores temporais e transitórios para aqueles que são realmente importantes, hoje e para sempre.

“Senhor, Tu és o nosso refúgio, sempre, de geração em geração” (v. 1). Que pensamento maravilhoso! Deus, o imutável, nosso refúgio. O que mais o tempo ou a eternidade poderia oferecer?

Será que Deus é o meu refúgio? Posso me unir em louvor ao compositor do hino: “Rocha eterna que prazer eu terei de em Ti viver!”

O salmo continua ressaltando a fugacidade da existência humana. Breve como o sono (v. 5), como a relva que germina e brota pela manhã, e à tarde não existe mais, murcha e seca (v. 6). Nossos dias passam como um murmúrio (v. 9); o melhor que podemos esperar é 70 ou (se tivermos sorte) 80 anos (v. 10). Seja curta ou aparentemente mais longa, nossa vida “passa depressa, e nós voamos” (v. 10).
Em seguida, vem a advertência, tão atual quanto a notícia mais recente da internet: “Ensina-nos a contar os nossos dias para que nosso coração alcance sabedoria” (v. 12). O que significa contar os nossos dias? É perceber o valor supremo de cada nova manhã, de cada momento que passa. Perceber que não sabemos quantas manhãs mais teremos pela frente – na verdade, se teremos mais alguma – e decidir viver a vida em sua plenitude, dedicando tudo o que fizermos para a glória do Criador e valorizando as pessoas ao nosso redor.

A vida é preciosa. O tempo é muito precioso. A eternidade revela sua preciosidade. Temos um Céu a conquistar e a destruição a evitar. A vida está repleta de significado, de propósito.

Esta linda oração expressa a graça: “Tem compaixão dos Teus servos! Satisfaze-nos pela manhã com o Teu amor leal, e todos os nossos dias cantaremos felizes” (v. 13, 14). E ela termina assim: “Esteja sobre nós a bondade do nosso Deus Soberano. Consolida, para nós, a obra de nossas mãos!” (v. 17). Amém! Faze isso hoje, Senhor!

 (JOHNSSON, William G. JESUS A Preciosa Graça.)