sexta-feira, 21 de junho de 2013

O grito não pode ser distorcido!




O grito não pode ser distorcido!


Ariovaldo Ramos


“Jovens, eu vos escrevi porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno”

Paulo, um dos grandes articuladores do movimento cristão, experimentou um fenômeno social curioso.

Ele e o seu companheiro de propagação, foram protagonistas de um ato extraordinário, numa das cidades da Ásia Menor, foram tidos como deuses, e os queriam homenagear, eles resistiram, deixando claro a visão que estavam a compartilhar.

Pouco tempo depois, adversários de Paulo chegaram à cidade e, contra todas as expectativas, convenceram a multidão que, a pouco, queria homenagear Paulo a mata-lo a pedradas.

Isso é o que pode acontecer quando estamos a mexer com a multidão.

Jovens, vocês estão nas ruas. E estão por uma ótima causa: o bem do país.

Porém, cuidado! Tudo que tem a ver com multidão pode ser subvertido.

Paulo foi apedrejado e quase morre, ele viu a força da massa quando ela perde o foco e se deixa influenciar pelos que querem a destruição. 

Lembrem-se, destruição não é um propósito, destruição é o fim de todo o propósito.

Jovens, não percam a palavra da construção de uma nova sociedade: justa, com controle social, onde haja tolerância zero para a corrupção. 

Jovens, não se deixem corromper!

Por outro lado, se as autoridades não derem mostras de audição ativa, haverá o perigo do apedrejamento movido por aproveitadores, para quem todo o propósito é o fim de qualquer proposição.

Autoridades, ouçam o grito das ruas, o grito dos jovens, e listem as reinvindicações, e tornem tais clamores em programa de governo.

Abs, Sandrão.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

PARA QUE SERVE A IGREJA?



O mundo religioso tem seu mais novo personagem: o evangélico não praticante. A informação aparece nos resultados das últimas pesquisas realizadas pelo Centro de Estatísticas Religiosas e Investigações Sociais(Ceris) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgadas pela reportagem O novo retrato da fé no Brasil, publicada na edição 2180 da revista ISTOÉ, de agosto último.

Os evangélicos não praticantes são definidos como “os fiéis que creem mas não pertencem a nenhuma denominação”, sendo cada vez maior o número de pessoas que “nascem em berço evangélico – e, como muitos católicos, não praticam sua fé”. Os dados revelam que “os evangélicos de origem que não mantém vínculos com a crença saltaram, em seis anos, de 0,7% para 2,9%. Em números absolutos, são mais de 4 milhões de pessoas nessa condição”.


As pesquisas apenas confirmaram uma tendência há muito identificada, a saber, o crescente número de pessoas que buscam espiritualidade sem religião, e deseja a experiência da fé sem a necessidade de submissão às instituições religiosas. É o fenômeno da fé privatizada, em que cada um escolhe livremente o que crer, retirando ingredientes das prateleiras disponíveis no mercado religioso.


O novo cenário faz surgir perguntas que exigem respostas urgentes: Para que serve a igreja? Qual a função da comunidade cristã na sociedade e na experiência pessoal de peregrinação espiritual?


A experiência dos cristãos no primeiro século, no dia seguinte ao Pentecostes, narrada no livro dos Atos dos Apóstolos [2.42-47; 4.32-35], serve de referência para a relevância da vivência em comunidade.


Para que serve a igreja? A igreja serve para manter viva a memória da pessoa e obra de nosso senhor Jesus Cristo: “Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos”. Em tempos chamados pós modernos, quando as crenças são desvalorizadas e as verdades se tornam subjetivas e particulares, é importante saber não apenas em quem se crê, e os cristãos compreendem a fé como confiar em uma pessoa, Jesus Cristo, mas também saber o que se crê, e por isso os cristãos chamam de fé também um conjunto de crenças e afirmações a respeito do Deus em quem crêem–confiam. O Evangelho é uma boa notícia, e os cristãos devem saber qual é essa notícia. A igreja é a comunidade que preserva a memória de Jesus, sua pessoa e obra.


Para que serve a igreja? A igreja serve para manter viva a esperança que se fundamenta na abertura para o mistério divino: “Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos [...] com grande poder os apóstolos continuavam a testemunhar da ressurreição do Senhor Jesus”. Em tempos de banalização do sagrado, as pessoas perdem a noção do que Rudolf Otto chama “mysterium tremendum”, isto é, já não têm na alma o temor que coloca o homem de joelhos diante da manifestação do divino e nem mesmo esperam que tal aconteça. A igreja é a comunidade que preserva a expectativa de que o céu se abra, de que o favor divino se derrame sobre a terra. Enquanto o mundo vai se tornando cada vez mais frio e fechado, condenado às estreitas possibilidades da racionalidade e dos limites do poder humano, a igreja fala do milagre como possibilidade real e os cristãos se dedicam às orações.


Para que serve a igreja? A igreja serve para manter viva a oferta do amor de Deus em resposta à solidão humana: “Eles se dedicavam à comunhão, ao partir do pão [...] Todos os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum. Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade [...] Da multidão dos que creram, uma era a mente e um o coração. Ninguém considerava unicamente sua coisa alguma que possuísse, mas compartilhavam tudo o que tinham. Não havia pessoas necessitadas entre eles, pois os que possuíam terras ou casas as vendiam, traziam o dinheiro da venda e o colocavam aos pés dos apóstolos, que o distribuíam segundo a necessidade de cada um”. Em tempos de individualismo, egoísmo, segregação, e competição darwinista, a igreja é a comunidade da fraternidade, da partilha, da solidariedade e da generosidade. A igreja é a comunidade da aceitação, do perdão e da reconciliação. É na igreja que se concretiza a oração de Jesus a respeito de Deus e os homens: “que sejam um”.


Para que serve a igreja? A igreja serve para manter vivos os sinais do reino de Deus na história: “grandiosa graça estava sobre todos eles”.  Conforme Jung Mo Sung, “a igreja é o povo de Deus a serviço do testemunho da presença do Reino de Deus”, que se completa com a afirmação de Ariovaldo Ramos: “a igreja deve viver o que prega para poder pregar o que vive”. A igreja é a comunidade em que o anúncio da presença do Reino de Deus entre os homens é seguido do convite desafio: “Vem e vê”, pois o Evangelho de Jesus Cristo não é apenas uma mensagem em que se deve crer, mas principalmente um novo tempo em que se deve viver.


Para que serve a igreja? A igreja serve para manter viva a esperança da ressurreição: “Com grande poder os apóstolos continuavam a testemunhar da ressurreição do Senhor Jesus”. Quando o lacre romano do túmulo de Jesus foi rompido no domingo da ressurreição, a vida afirmou sua vitória sobre os agentes promotores e mantenedores da morte, sobre os processos de morte, que serão enfrentados pela esperança de que um dia a própria morte, último inimigo, cairá de joelhos diante do Senhor da vida. A igreja é a comunidade dos que se rebelam contra a morte em todos os lugares e todas as dimensões, e contra ela lutam com todas as forças que recebem do doador da vida. A igreja é a comunidade dos que já não vivem com medo da morte (Hebreus 2.14), dos que anunciam e vivem dimensões da vida, e dos que profetizam a ressurreição até o dia quando, aos pés do Cristo de Deus, celebrarão a vitória daquele que no Apocalipse diz: “Não tenham medo. Eu tenho as chaves da morte e do inferno”, pois “Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o último. Sou aquele que vive. Estive morto mas agora estou vivo para todo o sempre!”. Amem.

© Ed René Kivitz

BÍBLIA




BÍBLIA - A PALAVRA DE DEUS! 
A Excelência da Palavra de Deus:

PRODUZ VIDA – I João 6.63 - “O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida”.
PRODUZ FÉ – Hebreus 11.3 – “Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das cousas que não aparecem”.
PRODUZ LIMPEZA – João 15.3 – “Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado”.
PRODUZ LUZ - II Pedro 1.19 – “Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração”.
PRODUZ ENTENDIMENTO – Salmo 119.105 – “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz, para os meus caminhos”.
PRODUZ FIRMEZA E SEGURANÇA – Mateus 7.24,25 – “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha”. 
PRODUZ REGENERAÇÃO – I Pedro 1.23 – “pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas da incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e permanece para sempre”. 
A Palavra é eterna – “a palavra do Senhor, porém, permanece para sempre” (I Pedro 1.25).
Pr. Messias Pereira.