quarta-feira, 4 de maio de 2011

ESCOLHAS CERTAS



O que você quer? Peça e Eu lhe darei. 1 Reis 3:5.
 
Desde o momento em que nos levantamos até o fim do dia, milhares de escolhas são feitas. Muitas delas não estão relacionadas ao conceito de certo e errado. Exemplo: O que vou comer em meu desjejum? Que roupa vou usar hoje? Internato ou externato? Filipe ou Marcelo? Bia ou Mariana? Vou caminhar no parque ou vou ao shopping? Considere, na hora de comprar, a variedade de produtos à sua disposição: você tem 36 tipos de cremes dentais, 100 marcas de iogurtes, milhares de DVDs, 200 tipos de celulares...
 
Outras escolhas terão que ser feitas com mais calma. São aquelas que tem impacto e conseqüências em nosso futuro: Que curso vou fazer: fisioterapia, medicina ou comunicação? Que emprego vou aceitar? Com quem vou me casar? Onde vamos morar? Que impacto essa escolha terá em minha vida a curto prazo? E a longo prazo? E sobre aqueles que dependem de mim?
 
Ninguém ignora a importância de uma escolha, porque quando alguém está dizendo “sim” para uma coisa, está dizendo “não” para muitas outras. E as escolhas mais difíceis não são entre o bom e o ruim, mas entre o bom e o melhor.
 
Podemos fazer algumas escolhas erradas e sobreviver: escolher o trabalho errado, a cidade errada onde morar, o carro errado e até o cônjuge errado (o que seria um desastre).
 
Antes de escolher, procure levar em conta alguns itens:
 
1. Não adie a escolha. Há pessoas que costumam adiar ao máximo a tomada de decisões. Vão além do tempo regulamentar e da prorrogação. A indecisão crônica desgasta não somente o indeciso, mas também aqueles que o cercam ou dependem dele.
 
2. Veja as circunstâncias. Aceite que não há coincidências. Deus está no controle de sua vida e usa cada incidente para dirigir e orientar seus passos. Às vezes, um telefonema, um dinheiro que surge, uma breve conversa informal podem servir de indicação da escolha a ser tomada.
 
3. Busque conselho. Não despreze a sabedoria dos mais experientes. Pais, professores, líderes, amigos que torcem por você podem ajudar muito. Quem sabe já enfrentaram a mesma situação antes e podem dar uma palavra de conselho.
 
A atitude de entrega e submissão nos dará tranqüilidade e confiança no Deus que diz: “Eu o instruirei e o ensinarei no caminho que você deve seguir; Eu o aconselharei e cuidarei de você”
(Sl 32:8).

Esteja sempre debaixo das asas do Senhor, protegido, como a galinha com seus pintainhos, faça a escolha certa.

Seja uma benção !!

terça-feira, 3 de maio de 2011

TUDO CONTRIBUI PARA O BEM




Sabemos que para aqueles que amam a Deus e são chamados de acordo com o Seu propósito, tudo o que acontece se encaixa num plano voltado para o bem. Romanos 8:28, Phillips

Durante o ano em que exerci a função de diretor de assuntos estudantis do Unasp, campus São Paulo, recebi em minha sala um dos alunos. Sentou-se pesadamente na cadeira e suas primeiras palavras foram: “Faça o favor de não mencionar para mim Romanos 8:28.” Eu entendia o porquê. No sábado anterior, seu carro havia capotado e a esposa tinha falecido no acidente.

Romanos 8:28 é um texto que tem sido usado como travesseiro enquanto procuramos entender alguma coisa errada que aconteceu conosco. É um dos versos que ainda luto para entender completamente. Fácil de ser dito e difícil de ser entendido.

Será que nós o estamos usando corretamente? Posso eu me aproximar de uma moça que perdeu o noivo num acidente faltando apenas um mês para o casamento, ou de um pai que perdeu o filho num afogamento, e dizer-lhes em tom de consolação: “Tudo contribui para o bem”? Em que isso vai contribuir para o bem dessas pessoas?

E seguem outros exemplos: se o namoro não deu certo é porque há um rapaz ou moça melhor para você no futuro. Se você não passou no processo seletivo na universidade que desejava, é porque Deus tem uma universidade melhor para você. Será que é isso o que o texto diz?

Quando os incidentes são relatados e o verso é mencionado, acredita-se que, quando uma coisa ruim acontece, Deus tem no gatilho algo muito bom.

Interpretações à parte, creio que o “tudo” não é o ponto principal do texto. Tente colocar Deus como o tema principal, e note como se torna mais claro o significado: “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que O amam, dos que foram chamados de acordo com o Seu propósito.”

Parece que dá mais sentido ao texto, não é verdade? A promessa é que Deus tomará as coisas ruins e trabalhará por meio delas para o nosso bem.

“Perdemos muito porque não desfrutamos as Bênçãos que podem ser nossas em nossas próprias aflições. Todos os nossos sofrimentos e tristezas, todas as nossas tentações e provações, [...] todas as experiências e circunstâncias são obreiras de Deus para que o bem nos seja trazido” (Ellen G. White, Minha Consagração Hoje [MD 1989], P. 185).
(SILVA, José Maria Barbosa. MOMENTOS DE GRAÇA. Casa Publicadora Brasileira, Tatui/SP, 2011, p. 129)

segunda-feira, 2 de maio de 2011

ANDANDO A SEGUNDA MILHA



Se alguém o forçar a caminhar com ele uma milha, vá com ele duas. Mateus 5:41 
Não gostamos de fazer as coisas por obrigação. Dá a impressão de que estamos nos submetendo a um pedido despropositado e sendo inferiorizados. Esperneamos, argumentamos, reclamamos, mas não adianta. Obrigação significa ausência de diálogo. Não há opção. Não opine! Não discuta! Não há escolha.
 
Acredito que, fora do momento de combate, em nenhum outro momento o soldado romano era mais odiado do que quando recrutava um civil para carregar suas armas e equipamento. Mas Jesus não limitou a questão ao soldado romano: “Se alguém o forçar a caminhar com ele uma milha, vá com ele duas.” 
Uma das características do verdadeiro cristianismo é produzir homens e mulheres da segunda milha. E o importante é como caminhar a segunda milha. Tenho que andar nela com alegria, com entusiasmo, sem ressentimento e sem reclamação.
 
Na primeira milha, você vai se encontrar com gente que chega na hora e sai na hora. Na segunda, vai se encontrar com quem chega antes e sai depois.
 
Na primeira milha, você vai ver pessoas que fazem até 95% do trabalho. Na segunda, pessoas que vão dos 95% aos 100%. Na primeira milha, você vai se encontrar com gente que inventa qualquer motivo para se ausentar do trabalho. Na segunda, vai se unir a gente disposta a dar mais energia do que se espera e até a se sacrificar. 
A primeira milha está sempre cheia, congestionada. Os que viajam nela são os que perguntam: “Como é que eu posso fazer o mínimo e, mesmo assim, sobreviver no emprego?
 
Somos chamados a andar a segunda milha mesmo quando a mesa está abarrotada de trabalho e as pessoas chegam fora de hora. Quando vem um pedido no fim do expediente e você está com acúmulo de trabalho. Quando passam para você uma carga extra de trabalho de outra pessoa que é “folgada” e preguiçosa. Você anda a segunda milha quando faz mais do que estão lhe pedindo. Até mesmo quando lhe pedem que faça uma coisa que você não gosta, ou que seja desinteressante para você.
 
Em todos os postos de trabalho, em todas as posições, precisamos hoje de gente da segunda milha. Se a lei do menor esforço prevaleceu durante algum tempo, você deve estar atento porque, mesmo sem se falar de “segunda milha”, valoriza-se a tenacidade e a dedicação no trabalho.
 
Será que você pode honestamente dizer que é uma pessoa da segunda milha?

Grande é a seara e poucos os ceifeiros, Deus precisa de você hoje para caminhar com Ele a segunda milha, o que está esperando para desenterrar os seus talentos e dons?, muitos precisam conhecer a Jesus através deles, pense nisso.

Jesus ama a quem faz com alegria o que lhe foi confiado.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

ESPERANÇA COMO ÂNCORA



Temos esta esperança como âncora da alma, firme e segura. Hebreus 6:19 
Para os cristãos, a âncora era um símbolo importante. Um símbolo de estabilidade e segurança. Nos corredores das catacumbas, três símbolos eram vistos pintados nas paredes: a pomba, como símbolo do Espírito Santo, o peixe (ICHTHUS, as iniciais de “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”), e a âncora, símbolo da esperança. A idéia que transparece é a de que, como cristãos, vamos enfrentar problemas e tempestades na vida.
 
Marinheiros e navegantes sempre lembravam uns aos outros antes de se lançarem ao mar: “Não saia do porto sem levar uma âncora.”
 
A vida cristã se assemelha em muito a um barco no meio do mar. Nela enfrentamos períodos de bonança e tranqüilidade. Enfrentamos tempestades grandes e pequenas.
 
Às vezes, somos tomados de surpresa com uma crise após outra, uma tempestade após outra: é a perda do emprego, problema de saúde na família, desentendimento com os filhos, conflitos com o cônjuge ou a hostilidade no ambiente de trabalho. Você descobre que está à deriva.
 
John Maxwell, autor de vários livros na área de liderança cristã, escreveu:
 
“A esperança brilha mais quando a hora é mais escura. A esperança motiva quando o desânimo aparece. [...] A esperança canta quando todas as melodias silenciaram. [...] A esperança escuta respostas quando ninguém está falando. A esperança supera os obstáculos quando ninguém está ajudando. A esperança enfrenta dificuldades quando ninguém está se preocupando. A esperança sorri confiantemente quando ninguém está sorrindo. A esperança tem as respostas quando ninguém está perguntando. [...] A esperança ousa dar quando ninguém está repartindo. A esperança traz a vitória quando todos estão perdendo.” 
Edward Mote, autor da letra do hino “Minha Esperança”, mostra como entendia a esperança como âncora em meio às tribulações. Uma das estrofes diz: “Se não Lhe posso a face ver, eu mesmo assim não vou temer, / Em cada transe a suportar, vou sempre nEle confiar” (Hinário Adventista, nº 253). 
Onde está ancorada sua fé? No meio da tormenta, quando ondas gigantes se levantam contra seu pequeno barco, onde ancorar? Por que não lançar sua âncora nas firmes promessas da Palavra de Deus, na riqueza de Sua graça, de Seu cuidado e amor?

Deus está bem do seu lado neste momento, lhe convidando para lançar sua ancora nEle, faça isso querido e verás o Criador entrando em suas batalhas, guerreando suas guerras....isso tudo está a um passo, a uma decisão, faça a escolha certa, decida-se por Jesus. Se lance nos braços do Pai.

Seja uma Benção !!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

DECLARADO INOCENTE



Quem ousará levantar acusação contra nós, que fomos escolhidos por Deus? O próprio Deus nos declarou livres do pecado. Romanos 8:33.
 
Acusar é uma das especialidades de Satanás. Depois de nos prender, enganar e seduzir, ele nos acusa. E depois, num misto de engodo e traição, as palavras que ele usa são: “Ninguém vai saber.” Porém, quando erramos, ele fica trazendo sempre à mente lembranças do nosso fracasso.
 
Diante da acusação, qual é a nossa reação? Primeiro experimentamos uma sensação de que estamos sujos, impuros, e não vamos ser perdoados. Depois vem a dúvida: “Será que Deus ainda me ama? Será que Ele vai me dar mais uma chance?” E, finalmente, um senso de desânimo, já que todas essas coisas abalaram meu sentimento de certeza na salvação que Deus quer me dar.
 
Como posso saber se a voz falando à minha consciência é a voz do Espírito Santo ou a voz do inimigo? A diferença está no propósito e no resultado esperado. O Espírito Santo procura nos convencer e ao mesmo tempo nos mostra a saída para o problema, lembrando-nos da promessa de Jesus: “Aquele que vem a Mim, de maneira nenhuma o lançarei fora.”
 
Uma das melhores ilustrações de acusação feita por Satanás é encontrada contra Josué, o sumo sacerdote:
 
“Então o anjo do Senhor me mostrou Josué, o sumo sacerdote, em pé diante do anjo do Senhor. Satanás estava ali, do lado direito do anjo, acusando Josué de muitas coisas. E o Senhor disse para Satanás: ‘Eu, o Senhor, rejeito suas acusações, Satanás. Sim, o Senhor que escolheu Jerusalém te repreende...’ As vestes de Josué estavam sujas, ao estar ali diante do anjo. Assim o anjo disse: ‘Tirem suas vestes sujas.’ E voltando-se para Josué disse: ‘Eu tirei seus pecados e agora vou lhe dar estas novas vestes finas’
” (Zc 3:1-4).
 
Essas vestes novas representavam sua justificação. Josué, por si mesmo, não podia limpar seus próprios pecados. Ele não estava em condições de se defender. Alguém teria que fazê-lo por ele.
 
A promessa de Deus é muito reconfortante: “Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo”
(1Jo 2:1). 
“Pois Deus enviou o Seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dEle”
(Jo 3:17). 
“Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus
(Rm 8:1).

Amem, seja uma benção !!

terça-feira, 26 de abril de 2011

DOADOR EXTRAVAGANTE



Aquele que não poupou Seu próprio Filho, mas O entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com Ele, e de graça, todas as coisas? Romanos 8:32.  
Alguma vez você já recebeu um presente que por você mesmo não seria capaz de comprar? Quem sabe uma caneta Mont Blanc, um relógio Rolex, uma câmera digital último modelo, um carro, uma moto? E, de sua parte, você já se arrependeu alguma vez por não ter dado um presente melhor para alguém? Creio que nos arrependemos mais por não termos dado um presente melhor do que por termos feito algum sacrifício. Dizemos: “Foi caro, fiz um sacrifício, mas valeu a pena.”
 
No texto de hoje, pela maneira de Paulo fazer a pergunta, não resta dúvida nenhuma. Ele argumenta: “Se Deus deu o Seu Filho, como não nos dará todas as coisas?” A lógica é clara. Partindo do maior para o menor, ele diz: “Se Ele não poupou Seu próprio Filho, se não O impediu de sofrer, não Se esquivou, não Se conteve ao oferecê-Lo, não O impediu de ir até a cruz... Se entregou tudo, o que mais Deus poderia dar que se aproximasse do preço do Calvário? Como é que Ele vai reter alguma coisa? Como é que Ele não vai colocar tudo à nossa disposição? Se quando éramos inimigos Deus nos tratou pacientemente, como é que agora, sendo Seus filhos, não vai dar ‘todas as coisas’?” Paulo fala em termos universais, excluindo qualquer limitação. “Como podemos estar certos de que Deus vai suprir todas as nossas necessidades?” Ou: “O que mais você quer?”
 
Veja que espécie de doador é Deus. Não é aquele doador mesquinho que fica calculando o mínimo que pode gastar para dar um presente. Ele é um doador que dá graciosamente. Se em Sua natureza está o fato inerente de que Ele dá todas as coisas de maneira generosa e até mesmo extravagante, como é que vai restringir suas dádivas? Como não vai cuidar de nós? Se, quando éramos inimigos, Ele nos tratou com misericórdia, como é que agora, sendo Seus filhos, não nos dará em abundância Seu amor, Sua justiça e Seu perdão?
 
Você pode ter a certeza de que, na condição de filho de Deus, todas as bênçãos celestiais estão ao seu alcance. Em Cristo, o Céu é seu!

Jesus te ama !!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

DEUS DO NOSSO LADO



Se Deus é por nós, quem será contra nós? Romanos 8:31 
Quando lemos o capítulo 8 de Romanos, parece que até ali, naquele momento, Paulo estava sentado falando para um grupo de alunos. Então, ele se colocou em pé, como se tivesse alguma coisa muito importante para falar. E começou: “Em vista de tudo isso que vocês escutaram, o que nos resta dizer?”
 
E, segundo John Stott, lançou para o ar a primeira das “cinco perguntas irrespondíveis” e o primeiro verso do que alguns chamam de cântico triunfal do cristão.
 
Com sua facilidade de expressão, Paulo começou lançando um desafio: “Se Deus é por nós, quem vai prevalecer contra nós?” Ele usa uma cláusula condicional. O que significa o “se”, na frase de Paulo? Estaria ele dizendo: “Olha, eu não estou bem certo de que Deus vai estar conosco”? Estaria ele dizendo: “Eu não estou bem certo de que Deus está do nosso lado”, ou ele estava declarando que, “baseado naquilo que conheço de Deus e do Seu grande amor por nós, o Senhor é por nós”?
 
Se você substituir a palavra “se” e deixar a expressão “já que Deus é por nós”, terá a noção exata do que Paulo quis transmitir.
 
A intenção de Paulo não foi fazer uma bonita declaração, mas colocar algumas respostas em nossos lábios e criar certeza dentro de nós. Se Deus é por nós, Ele vai estar conosco nos momentos de ansiedade e preocupação.
 
O inimigo vai colocar tropeços no caminho, dúvidas e tentações em nossa mente. Pode querer arruinar nossa família, perturbar a vida dos nossos filhos e nos desanimar, mas não devemos temer. Pode haver enfermidades, desapontamentos e circunstâncias difíceis.
 
Podemos pensar: “Deus tem tanta coisa para cuidar, será que Ele vai Se importar comigo? Será que Ele vai ter tempo para mim?” Como reagimos quando coisas ruins acontecem conosco?
 
Pedro também disse: “Lancem sobre Ele toda a sua ansiedade”
(1Pe 5:7). Não é você ficar com as pequeninas ansiedades e entregar as grandes a Deus. Não é escolher aquelas com as quais Deus vai lidar e aquelas que ficarão sob seu cuidado. Todas as coisas que podem ser contra nós não serão problema para Deus enfrentar.
 
“O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei temor? O Senhor é o meu forte refúgio; de quem terei medo? [...] Ainda que um exército se acampe contra mim, meu coração não temerá; ainda que se declare guerra contra mim, mesmo assim estarei confiante”
(Sl 27:1, 3).

Desejo a Todos, uma semana de Vitórias em nome de Cristo!

Seja uma Benção.

domingo, 24 de abril de 2011

JESUS VIVE



Por que vocês estão procurando entre os mortos Aquele que vive? Ele não está aqui! Ressuscitou! Lucas 24:5, 6
 
Estávamos em Jerusalém naquele sábado pela manhã, eu, com minha esposa e um grupo de amigos, no Jardim da Ressurreição. “Este é o único lugar em Jerusalém no qual os pássaros ainda cantam”, disse a guia para nós. Ao entrar no jardim, havia como que uma atmosfera transcendente, como se aquele ambiente guardasse até hoje a majestade do maior acontecimento cristão: a ressurreição.
 
Começamos a relembrar os fatos: alguns tinham abandonado suas redes de pescar, um deles deixara sua mesa de cobrança de impostos. Outros tinham deixado suas ocupações e famílias para seguir aquele Homem que acreditavam ser o Messias, o Salvador do mundo. Dificilmente alguém poderia imaginar começo menos promissor para uma nova religião. Jesus condenado, oprimido, maltratado, julgado como criminoso. O sangue Lhe banhava o rosto. Uma espada abriu a ferida em Seu peito.
 
Quando Jesus morreu naquela sexta-feira, as esperanças dos discípulos se fizeram em pedaços, como uma garrafa atirada com fúria contra a parede. Como foi que tudo terminou daquele jeito?
 
E o que pensava Maria, que também estava perto da cruz? Ela se lembrava do anjo, da estrela, da festa em Caná, da água e do vinho, daqueles que Ele tinha curado, dos milagres... Mas agora Ele estava morto. Teria a morte a palavra final?
 
A pressão sobre os discípulos havia sido muito forte. Eles eram um grupo disperso, rejeitado. Não havia sentimento nenhum de libertação. Nada que falar. Amedrontados, escondiam-se timidamente no aposento superior com a janela fechada enquanto alguém cuidava da porta. Suas lágrimas eram interrompidas apenas pelas palavras de desânimo. O fundador do grupo foi abandonado por Seus seguidores quando chegou o momento crucial. Morreu executado como criminoso comum.
 
Mas a história teve uma reviravolta. Os discípulos mal podiam conter a alegria. Estavam eletrizados pela notícia de que Jesus havia ressuscitado! Foram transformados de pessoas cheias de medo em pessoas cheias de confiança.
 
A ressurreição provava que Jesus é divino. Nenhum ser humano tinha poder sobre a sepultura.
 
As profecias sobre a vida, morte e ressurreição de Jesus eram verdadeiras!
Então os olhos deles foram abertos e O reconheceram. Lucas 24:31
 
Há muitas histórias, muitos hinos e inspiração relacionados com a manhã da ressurreição. Os quatro Evangelhos são unânimes em mencionar que era de manhã, bem cedo, quando a ressurreição ocorreu
(Mt 28:1; Mc 16:2; Lc 24:1; Jo 20:1). 
Mas uma história menos conhecida é a que aconteceu com dois discípulos, presumivelmente entre três e seis da tarde daquele dia. Não conhecemos a identidade deles, se eram dois homens ou um casal. Estavam fazendo o caminho de volta para Emaús. A despeito de já terem ouvido que as mulheres haviam visto o sepulcro vazio, assim mesmo continuavam desanimados: “Que pena! Ele está morto! Já é o terceiro dia e ninguém O viu. As mulheres devem ter tido uma alucinação!”
 
Quem quer que eles fossem, seus sonhos e esperanças estavam estraçalhados. Era o tipo de viagem de retorno que você faz dizendo: “Podia ter sido diferente! Que pena que não aconteceu como esperávamos. E agora, o que é que nos aguarda?”
 
Jesus Se aproximou deles nesse momento de tristeza. Procurou entender suas esperanças e seus desapontamentos. Ainda hoje Ele faz a mesma coisa: Aproxima-Se de nós em nossos momentos de tristeza e entende nossos temores.
 
Jesus lhes perguntou sobre o que discutiam com tanto interesse. Depois abriu as Escrituras para eles. Imagine o maior dos mestres explicando o maior de todos os temas, usando o maior Livro de todos os tempos!
 
Ele mencionou as profecias que lhes eram tão familiares e deu a elas profundidade de significado. Foi uma caminhada de mais ou menos três horas. Aproximaram-se da entrada da cidade. Então, convidaram Jesus para que ficasse com eles: “Jante conosco. Já é tarde.”
 
Naquele momento, o coração deles estava aberto para receber a visita de Jesus. A comida estava à mesa. Em lugar de visitante, Jesus tomou a posição de anfitrião. Com Seu jeito peculiar, levantou as mãos para abençoar. Num lampejo de memória, eles se lembraram da multiplicação dos pães e da ceia da Páscoa. E então reconheceram Jesus; porém, o ilustre visitante desapareceu.
 
Eles nem tocaram na comida. Não perderam um minuto. Mesmo cansados e famintos como estavam, encararam novamente outros 11 quilômetros no meio da noite para contar aos amigos que estavam reunidos: “Realmente, aconteceu! Ele caminhou ao nosso lado. Ele está vivo!”

terça-feira, 19 de abril de 2011

Os Getsêmanis da Vida

"Em seguida, foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar; e levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até a morte, ficai aqui e vigiai comigo. Adiantando-se um  pouco, prostou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres" - Mateus 26:36-39.
Olhamos para Cristo, principalmente nos Evangelhos, e conseguimos enxergar apenas Jesus como Deus, e esquecemos a sua outra natureza: a humana. Se eu te falar: leia o Evangelho de Marcos, agora me fale sobre Jesus, você responderia: Jesus curou um cego, fez andar um paralitico, perdoou uma pecadora, ressuscitou um morto e venceu a morte. Porém, alguém consegue lembrar que: Ele nasceu de uma mulher e de parto normal, Ele trabalhou como carpinteiro, Ele teve fome estando no deserto, Ele chorou, ficou triste, sentiu dores, Ele foi também humano de carne e osso, e sentiu na pele como nós as surpresas que  a vida nos reserva: Os Getsêmanis da vida.
Quando falamos de Getsêmani, estamos falando de lugares e situações que a vida nos proporciona, que muitas vezes não é o melhor lugar para estar, ou o momento que ninguém deseja passar.


Por incrível que pareça, Getsêmani é um jardim, o que tem num jardim? Flores, perfumes, cores, borboletas. Mas, você já teve a sensação de estar num lugar como um jardim, e as flores, os perfumes, as cores e as borboletas não terem sentidos para você? Ou passar tudo despercebido? 
A vida é cheia de jardins, só que esse é diferente dos outros, é o Getsêmani!
O jardim em que as flores, os perfumes e as cores perdem o sentido, porque o que sentimos quando entramos nele são os “espinhos”.


Getsêmani é o lugar da provação!
Getsêmani é o lugar que coloca nossa vida de cabeça para o ar, de uma hora para outra. Parece que o espetáculo da vida para por um instante, tudo a sua volta se silencia, porque chegou a sua vez de passar por ele.
*Você pode estar rodeado por pessoa, mas se sente só.
*Bebemos o amargo cálice da provação.    
*A tristeza nos encurrala, e ficamos sem saída.
*Angústia e preocupação nos sufocam, e não conseguimos dormir.

Achamos que chegou o fim, que não tem mais jeito, o Getsêmani nos faz questionar aquilo que Deus prometeu que um dia se realizaria: E os meus sonhos? Quando uma mulher recebe a notícia que ela não pode gerar filhos... quando alguém te procura e diz: teu filho está usando drogas, ou foi preso...quando as portas se fecham, e o banco te liga dizendo que sua casa vai a leilão.
De verdade, achamos que chegou o fim, que não tem mais jeito, mas não é o fim, é o começo!   


Jesus sentiu tudo isso na pele como um homem, porque aquele era o seu Getsêmani!


Ninguém vence o Getsêmani sozinho, quando ele chegar a nossa vida, precisaremos de 3 coisas, que Jesus precisou como homem:

1-      Precisaremos de amigos – Jesus sentiu a necessidade de amigos ao seu lado.

2-      Precisaremos de oração – Jesus queria saber qual era a vontade do Pai, e a oração é a linguagem que Deus conhece.

3-      Precisaremos de Deus – somente em Lucas (22:43-44) está registrado, que um anjo do céu lhe confortava, tamanha a provação que Ele começou a suar sangue.

Talvez todos estão olhando para você e dizendo: Não tem jeito mesmo, é o fim. Até os mais próximos, já jogaram a toalha, como foi no caso de Pedro, que esteve em todo tempo ao lado de Jesus, até mesmo no Getsêmani, mas quando viu o cerco apertando e a situação só piorando, ele nega a Jesus três vezes, porque não conseguia enxergar mais saída:
                * Fim da linha para Jesus
* Desta vez não tem mais jeito, as outras perseguições como dos fariseus e saduceus tinha até uma saída, mas agora tudo mundo o persegue e pede sua vida. 

E, então, retorna para sua vida de pescador, esquecendo a vida de discípulo e as promessas de Jesus, carregando no peito a frustração de ter acreditado que era o fim.

 
Jesus foi morto, e ressuscitou, e antes de ir para o Pai, ele precisava deixar um recado especial para seu amigo Pedro, e esse recado serviria para toda a humanidade: Pedro antes de eu seguir a caminhada eu preciso te dizer algo que é  muito importante: O Getsêmani não é fim, é apenas o COMEÇO!
Por  Igor Palomo Vieira (Igreja Batista Renovada de Buritama-SP)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

APRENDENDO COM A CORSA


Uma corça sedenta e exausta caminha pelo deserto. Logo, o animal avista a imagem de um lençol d’água sobre a areia. Começa a correr desesperada ao encontro da única substância que pode matar sua sede.

A corça é um animal de pequena estatura, arisco e de costume migratório. E uma característica interessante: a corça não suporta o confinamento.

É um animal dotado de olfato privilegiado que lhe possibilita sentir cheiro de água a quilômetros de distância. É capaz ainda de perceber, metros abaixo da superfície, a existência de um lençol de água.

Em regiões desérticas da África e do Oriente Médio, empresas construíram quilômetros de aquedutos sob a superfície terrestre. E as corças sedentas, ao pressentirem a água jorrando pelo interior dos dutos, correm por cima das tubulações na tentativa de encontrarem a nascente, ou então um possível local por onde essas águas pudessem ser alcançadas.

O Salmista descreveu essa cena da corça farejando água, sob a areia do deserto, do seguinte modo: “Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus.” (Sl 42.1-2.) Note que nesta passagem, Davi faz uma comparação. A sede dele pelo Senhor era comparada ao anseio de uma corça pelas águas. Em se tratando de um homem “segundo o coração o de Deus”, creio que esta comparação pode servir de parâmetro para nossa própria busca.

Mas, enfim, como é que a corça suspira e anseia pelas águas?

É com desespero. Gritando, correndo, buscando, farejando. Com sede. Com olfato privilegiado para localizar a fonte certa. Continuamente, todos os dias. Não se permitindo acomodar e fugindo do confinamento.

E nós? Estamos desesperados por Deus? Temos sede de sua presença? Temos corrido, buscado e nos desesperado por mais dele em nossas vidas? Temos buscado na fonte certa, diariamente? Ou temos nos contentado com a mediocridade do nosso “confinamento”?

Cada um de nós pode ter seu próprio “confinamento”. Coisas que nos prendem e nos impedem de sair em busca da água fresca que tanto precisamos. Podem ser pessoas, situações ou até mesmo “pequenos reinos” que construímos para nós mesmos (“meu emprego”, “meu ministério”, “meu evento” etc.).

Precisamos, como a corça, sair e correr. Precisamos de olfato aguçado para ir à fonte certa, que é Cristo. Afinal de contas, existem fontes sem água (2Pedro 2.17), e nuvens sem água (Jd 1.12).E lembremos das palavras do Mestre: “[...] Quem tem sede, venha; e quem quiser, receba de graça a água da vida.” (Ap 22.17.)


Deus te abençoe e que esta palavra seja rema pra sua vida!