Este meu filho estava morto e voltou à vida; estava perdido e foi achado. Lucas 15:24
Não diga que a última vez que brincou de esconde-esconde você era criança, porque, como pai, tio ou avô, você também deve ter brincado com os filhos, sobrinhos ou netos. Toda criança, desde pequena, experimenta essa brincadeira. Primeiro, é aquela contagem crescente: vinte e oito, vinte e nove e... lá vou eu! Quando os pais brincam com os filhos menores, fazem de conta que é difícil encontrá-los: “Onde será que está a Cris? Será que está debaixo da cama... no escritório... lá em cima?”
Na brincadeira, a maioria das crianças gosta de se esconder. Ser achado por último é sinal de esperteza. E quando esse último é aquele que vai procurar, aí sim é que todo mundo se esconde em lugares incríveis.
Em casa ou no trabalho, quando perdemos algum documento importante, as chaves do carro, o cartão de crédito, ou o pendrive com arquivos do colégio, ficamos com o coração apertado. Reviramos uma e outra vez os papéis e voltamos aos mesmos lugares para procurar o que perdemos. Até que alguém grita: “Está aqui!” Ufa! Que alívio e que alegria!
Neste dia, quero dizer para você que meu Deus é um Deus que procura. E é um Deus que acha. A figura que temos na Bíblia é a de um Deus que volta triunfante e feliz por ter encontrado o que procurava. Assim foi com a ovelha que estava no deserto, com a moeda nas trevas e com o filho numa terra distante. Os verbos “perder”, “achar” e “alegrar-se” se repetem em cada caso. Por que continuar se escondendo, insistindo em permanecer nessa neblina de autopunição ou querendo se martirizar, quando Deus já o aceitou? Alguém escreveu o seguinte poema:
“Sou uma criança brincando de esconde-esconde, / Esperando que alguém me encontre. / Chame meu nome e diga: “Achei!” / E o fizeste, Senhor. / Encontraste-me, me escondendo / Nos lugares mais absurdos e tristes, / Atrás de velhos ressentimentos, / Sob toneladas de desapontamentos, / Pendurado na culpa, asfixiado pelo sucesso, / Envolto em soluços que ninguém ouvia. / Encontraste-me, chamaste meu nome / e disseste: “Achei!” / E creio no que disseste. / E agora, talvez, as lágrimas silenciosas que umedecem meu rosto / Dizem que eu não preciso brincar de esconde-esconde, nunca mais”.
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