quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Carta à Igreja de Éfeso


Carta à Igreja de Éfeso

Disse o Senhor Jesus: “Eu sei as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência [...] Trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste [...] Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te de onde caíste e arrepende-te.” (Apocalipse 2.2-5.)

Aqueles irmãos tiveram um início glorioso em sua experiência com Deus. A epístola de Paulo aos Efésios dá a entender que aquela igreja não era problemática, como a de Corinto, por exemplo. No princípio, os efésios se destacavam pela elevada espiritualidade. Contudo, o tempo passou e algo mudou. Aparentemente, tudo estava como antes: as obras continuavam a todo vapor. Aquela comunidade era muito ativa e trabalhadora. Entretanto, a essência estava comprometida. Havia muito trabalho e pouco amor; muita atividade humana e pouca unção do Espírito.

As boas obras são importantes, mas precisamos lembrar que elas não salvam (Ef 2.8-9). Precisam ser feitas (Ef 2.10), mas, se o trabalho eclesiástico ou social tomar o lugar do relacionamento com Deus, então será prejudicial para quem o executa. Se a “obra de Deus” nos envolve tanto que não temos mais tempo para orar e ler a bíblia, então algo está muito errado.

Se o amor foi abandonado, perdeu-se aquela que deveria ser a principal motivação para as boas obras. O que resta é um trabalho frio, mecânico, automático e sem vida.

Parece que os efésios se tornaram negligentes em relação aos princípios fundamentais do cristianismo. Estavam caminhando, mas algo se perdeu no meio do caminho: o primeiro amor, o fervor espiritual, a intimidade com Deus. Pecados foram cometidos e esquecidos sem serem perdoados. Por isso, o Senhor diz: “Lembra-te de onde caíste e arrepende-te”.

A palavra do Senhor veio com o objetivo de avivar a sua igreja. E o que é avivamento? É renovação. É reanimar. É dar vida. Avivamento não é sinônimo de barulho, música agitada, palmas e gritos. Tudo isso pode, eventualmente, ocorrer nos cultos, mas o avivamento legítimo é o resgate de valores espirituais outrora abandonados. Seu fundamento está firmado em três fatores indispensáveis: estudo da Bíblia, oração e arrependimento.

O Senhor diz em 2 Crônicas 7.14: “E se o meu povo que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.”

Naquele contexto, a produção agrícola seria insuficiente, ainda que os agricultores trabalhassem arduamente. Era preciso buscar o Senhor para que a sua bênção fosse derramada. Sarar a terra significa fazer cessar as pragas na lavoura, enviar a chuva, e fazer com que haja fertilidade no campo e no rebanho. Assim, a vida do povo seria beneficiada em todos os aspectos. Da mesma forma, na vida do cristão, o arrependimento traz perdão, restauração e bênção.

Nas cartas às sete igrejas da Ásia, fica claro que Jesus examina a sua igreja, mas cada um de nós precisa examinar a si mesmo, sob a luz da Palavra de Deus, para verificarmos a nossa real condição espiritual: “Lembra-te de onde caíste”. A igreja não se arrepende se cada membro não se arrepender, pois o resultado coletivo é fruto das iniciativas individuais.

O Senhor disse ainda àquela igreja: “Brevemente virei a ti, e removerei do seu lugar o teu candeeiro, se não te arrependeres”. Este é um aviso sobre a 2ª vinda de Cristo. Vivemos no tempo da misericórdia, mas o juízo vem. Naquele dia, haverá o julgamento final, mostrando quem serve ao Senhor por amor ou apenas por interesse particular.

O Senhor vem buscar a sua Igreja, mas somente subirão com ele os que estiverem preparados. Para os servos fiéis, Jesus deixou uma promessa: “Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus”.

“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”.

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