quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Lições novas de uma história antiga


Lucas 15:
11 Certo homem tinha dois filhos;
12 o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres.
13 Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente.
14 Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade.
15 Então, ele foi e se agregou a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campos a guardar porcos.
16 Ali, desejava ele fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam; mas ninguém lhe dava nada.
17 Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome!
18 Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti;
19 já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores.
20 E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou.
21 E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.
22 O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés;
23 trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos,
24 porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se. “a festa”

D. Martin Lloyd-Jonesnascido em 1899 no país de Galles. Quando Pastor na Capela de Westminster – Londres, afirmou ser esta, a parábola citada com mais freqüência.
- Agostinho, no ano 399, pregou sobre esta parábola e deu o tema: “A paternal misericórdia de Deus para com a fraqueza humana”. Antes da mensagem orou: Assista-me Deus para que meus poucos recursos possam satisfazer a vossa expectativa”.

ð     Eu estou dando o tema: Lições novas de uma história antiga


1ª. lição - Nada mudará, até entendermos que somos responsáveis pelas circunstâncias da nossa vida. A nossa tendência é culpar pessoas, o inimigo e até Deus, mas a verdade é que as nossas decisões criam as nossas circunstâncias.

√ No caso especifico, o jovem, depois de pedir a parte que lhe cabia na herança, saiu de casa, e junto com os amigos caiu na farra, torrou todo o dinheiro que possuía. A situação foi piorando, até chegar ao fundo do poço. Ele passou a comer com os porcos. Cuidar de porcos era tão desprezível para os judeus, quanto para nós, a função de “limpar privada”. Mas aquele rapaz, foi além, foi comer a comida dos porcos.

- Vamos imaginar alguns comentários sobre aquele jovem:

a. Um jornalista oposicionista, ao ver aquele jovem, diria: “é culpa do governo”.

b. Um educador, diria: “É a falta de educação, cultura”

c. Um sindicalista: “É conseqüência do desemprego”.

d. Um economista: “É culpa da globalização. Se não fosse ‘os chineses’ fazerem produtos mais baratos...”

e. Um psicólogo diria: “A culpa é do pai que o traumatizou com tanta rigidez na educação. E depois errou ao dar-lhe a herança, quando ainda não tinha maturidade suficiente para administrar tal fortuna”

f. Um socialista: “A culpa é do patrão que o explora. Opressão da classe operária pelos capitalistas burgueses. Fruto de um mundo neoliberal opressor”

g. Um fatalista: “É falta de sorte. Destino. Uns nascem para ser pobres e nada pode ser feito. Ele foi  destinado à miséria”

h. Um ateu, argumentaria: “Se existe Deus, porque Ele permite tal condição ao ser humano!”

√ Mas a verdade é que o jovem escolheu o seu caminho. As decisões dele determinaram as circunstâncias. Não adianta culpar as pessoas, pelas nossas circunstâncias.

2ª. Lição - Uma pessoa não cai subitamente. Aquela decisão foi amadurecendo aos poucos, na mente do jovem. E depois, levou algum tempo para ele ter coragem de chegar ao pai. O processo é tão sutil que a pessoa mal percebe.

√ Muitas vezes, quando começamos a ter alguma idéia maluca, tentamos nos desculpar, argumentar, e não abortarmos logo essa doidice, então...

3ª. Lição - Não há relacionamentos neutros. Há pessoas que acrescentam, há pessoas que tiram.

√ O texto não diz, mas o jovem provavelmente tenha gasto o seu dinheiro com amigos, com prostitutas, com farras.

√ Se tivesse andado com alguém empreendedor, certamente teria procurado investir seu dinheiro para multiplicá-lo.

- Mas em vez disso, ele andou com pessoas que o levaram a gastar tudo de forma inconseqüente.

Nosso crescimento espiritual depende de nossos relacionamentos.

   - Quando Deus quer te abençoar, Ele coloca uma pessoa na  sua vida.

   - Quando satanás quer te destruir, ele faz o mesmo.
√ Se tivermos relacionamentos saudáveis, então seremos estimulados a crescer.

     - A importância da Igreja. (Fundamental)

4ª. Lição: Depois da perda aprendemos valorizar o que perdemos. As vezes Deus permite perdas, para reconhecermos nossa dependência Dele.

5ª. Lição: Saber esperar o tempo de Deus - Mais cedo ou mais tarde, aquela herança seria do jovem. Mas, ele não soube esperar. Precipitou-se.

6ª. Lição: Deus não nos fez para comer bolotas de porcos. Não podemos nos acostumar com casamentos ruins, com vida miserável, com desprezo...

√ Não podemos nos acomodar: é minha sina, nasci para sofrer

√ Nunca mudaremos nossa situação até que saibamos e creiamos que existe algo melhor. Na casa do Pai existe algo melhor...

7ª. Lição: É preciso coragem para reverter a situação. Não deve ter sido fácil para aquele jovem..... Voltar

√ A situação não muda enquanto não tivermos coragem de tomar decisão.

√ Se não tivesse tomado uma atitude morreria naquela “porcaria”

O primeiro passo no caminho da volta, é enfrentar a situação com honestidade e franqueza. O jovem “caiu em si”. Compreendeu que seus problemas eram resultado exclusivo de sua próprias ações. Que fora um tolo, que não devia ter abandonado a casa do pai. Olhou para os porcos, as bolotas à sua volta. Encarou a situação! Isso não é vida. Vou sair dela!

√ Tenha coragem de olhar para si mesmo. Não fuja! Seja honesto! Do que você está se alimentando?

8ª. Lição: O Pai sempre nos recebe de braços abertos -  Quando foi em direção ao pai ele o vê vindo ao seu  encontro como se nada tivesse acontecido, o abraça e beija como se sempre tivesse sido zeloso e exemplar em toda sua conduta!

√ Removeu todos os traços do passado. É assim que acontece quando um pecador se volta para Deus:
Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro”
Isaías 43:25

√ Quem pode nos libertar do nosso passado? Quem pode apagar do livro da nossa vida aquilo que já fizemos? Há somente Um: Jesus Cristo, o Filho de Deus.

- O Pai mandou que tirassem de sobre o Jovem, os seus farrapos...

·        Para ter um novo começo, não basta que todos os traços do meu passado sejam removidos. Preciso de algo novo. Preciso ser vestido, de algo que me cubra. Preciso de confiança para começar outra vez e para enfrentar a vida. Embora o pai tenha corrido ao encontro do filho e o beijado, ele sabia que todos veriam as Vestes sujas de lama. Por essa razão, o pai vestiu o rapaz com roupas dignas de um filho. Anunciou a todos que seu filho retornou, e o vestiu de forma que o rapaz não se sentisse envergonhado diante dos outros.
√ Quando nos voltamos para Deus, Ele não só nos perdoa e apaga nosso passado, mas também nos dá uma nova vida. Você poderá olhar para os outros sem qualquer sentimento de vergonha. Quando olhar para si mesmo, você nem sequer se reconhecerá! Olhará para o seu corpo e verá esse manto de valor inestimável, olhará para os seus pés e os verá calçados de sandálias novas, olhará para sua mão e verá o anel, o selo do amor de Deus. E quando fizer isso, sentirá que pode enfrentar o mundo todo de cabeça erguida. Poderá enfrentar o diabo e todos os poderes que o enganaram no passado e que arruinaram a sua vida e dizer: Não mais pertenço a esse mundo. Que o mundo tente apontar o dedo para nós, querendo trazer à tona o nosso passado! Que tente lançar suas piores estratégias  contra nós! Basta que olhemos para o manto, as sandálias e o anel, e saberemos que tudo está bem. Até mesmo o mundo tem de reconhecer que é verdade.
√ O que mais nos chama a atenção? O jovem saindo de casa ou ele voltando?
Com Certeza é a volta dele, e é nisso que devemos nos atentar, não no tempo que estivemos fora. Mas a nossa volta.
·       Vou concluir com a maior de todas as lições: A possibilidade de um novo começo, de um novo início, uma nova oportunidade, uma nova chance existe. E isso é para todos.

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