quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O cenário do nascimento de Jesus Cristo


Jesus nasce num cenário confuso, Israel aguardava o nascimento do Messias prometido por Deus através dos profetas (Mq 5:2; Is 9:2,6 e 11:1), mas fazia 400 anos que Deus não abria Sua boca pra falar e nem levantava um mensageiro para trazer um recado do céu para terra que aguardava ansiosamente como o verão aguarda as chuvas, assim como foi nos tempos de Isaías, Jeremias, Ageu, Oséias, o povo estava como ovelhas que não têm pastor (Mt 9:36). Porém, neste período negro chamado de “Período Inter-Bíblico”, conhecido como o “silêncio de Deus”, vários homens aproveitaram da situação e se intitularam como profetas, enviados de Deus, enganando a muitos e contribuindo para que cada vez mais a promessa de Deus caísse no esquecimento.
Isto tudo estava na memória do povo de Israel, os pais passavam para os filhos e assim caminhava a história de geração em geração, e para piorar as coisas para o ambiente em que viveria o Salvador, existiam vários grupos que influenciavam o povo:

GOVERNO:
            Dinastia Herodiana: dinastia é o governo que passa de pai para filho, que iniciou em Herodes, o Grande. Sabendo da promessa que nasceria o Rei, e recebendo a visita dos magos que perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? (Mt 2:2) Entendeu que se cumpriu o que foi prometido, e isso causou uma grande preocupação em Herodes que tentou de toda maneira saber onde estava o menino com a mentira de que iria adorá-lo também, mas sua intenção era frustrar o seu reinado, matando-o.

RELIGIÃO:
            Escribas: doutores da Lei, eles tinham a responsabilidade de transcrever e guardar a integridade perfeita dela. Em seguida passaram a explicar ao povo. Eram respeitados e honrados por todos quando um escriba falava todos ouviam com muito respeito e atenção, as honrarias não parava por aí, todo pai desejava dar a mão da filha em casamento a um escriba e por onde passavam eram chamados de Rabi ou Raboni (Meu mestre). Muitos deles diziam que seus ensinamentos eram mais importantes do que os mandamentos de Deus, e legislavam em causa própria por ter o poder de fazer discípulos nas casas onde ensinavam a Lei.
Escriba era uma função de grande estima, não era uma religião ou seita. Porém, eles freqüentavam a seita dos fariseus.

            Fariseus: era uma seita do judaísmo, que adquiriram tanta força que o judaísmo depois veio a ser o que eram os fariseus. Homens que guardavam com muito zelo duas coisas: as purificações (Mc 7:3-4) e dar o dízimo de tudo (Mt 23:23). No entanto, eles cuidavam da aparência exterior, nisso o povo os tinham como exemplos, porque aparentavam: piedade, misericórdia, bondade, sendo tudo fingimento comparados com um sepulcro caiado (por fora belos, mas por dentro estão mortos Mt 23:27). Esse foi o estopim para que Jesus condenasse esse comportamento chamando de: hipócritas! Conforme em Mateus 23 diz os “ais”, hipócritas, hipócritas e hipócritas. A hipocrisia era o principal vício da seita.
Destaque 23:2-3.

            Saduceus: era outra seita que existia. Adversários dos fariseus a quem devolviam o mal pelo mal. Obedeciam à letra da Lei, só aceitavam o que estava escrito nela, não acreditavam na ressurreição dos mortos, estavam à frente do culto sagrado. Eram muito ligados ao governo de Herodes (Dinastia Herodiana) porque queriam exercer influência civil e política. João Batista os chama de “raça de víboras” (Mt 3:7).

De repente Jesus inicia seu ministério no casamento de Caná da Galiléia, transformando a água em vinho, e usou como instrumento as talhas que os Judeus usavam para suas purificações, assim já confrontando os fariseus que tinham aquilo como tradição.
As multidões começaram seguir a Cristo, o que causou grande revolta da parte desses grupos que começaram a persegui-lo, porque as pessoas estavam abandonando seus ensinos e obedecendo ao novo grupo: os de Cristo.

João 4:21-23: Chegou a hora!
Chegou o tempo que a adoração deve estar dentro de si, e não em aparências enganosas. Das palavras se tornarem ações: Porque a lei é essa - amarás ao teu Deus, e ao teu próximo como a ti mesmo (Mt 22:35-40).
Com efeito, isso causou uma grande mudança em todo cenário da época, as palavras de Jesus transformavam em curas, sinais e maravilhas, ao ponto que seu próprio discípulo Pedro pronuncia essa verdade poderosa: Para onde iremos? Se só tu tens a palavra de vida eterna (Jo 6:68), o que sua fama chegou a todos os lugares.
Saduceus e fariseus vendo que nada podia parar se uniram esquecendo de todas as divergências passadas (o interessante é que dois inimigos são capazes de se amigos para tirar alguém de cena), começaram a planejar aquilo que Herodes tentou e não conseguiu: mata-lo, porque pensavam que a morte pararia esse poderoso projeto: Igreja de Cristo.
Os principais dos sacerdotes e os fariseus convocaram o Sinédrio – Jo 11: 47-53. Mal sabiam eles que estavam contribuindo para que a base sólida desse ministério fosse edificada = a morte e a ressurreição de Cristo, seria o trunfo – a vitória sobre a morte, o que até então nunca havia ocorrido.
Ele venceu a morte!

Conclusão:
Mt 23:2-3 – Por que nossa a nossa fé não consiste em palavras frias e vãs, mas em ação e poder. Ex: o barco da nossa vida com Cristo tem 2 remos = Falar e fazer, porque se só falamos remamos um lado e ficamos dando volta em torno de nós mesmo e não saímos do lugar, mas se falamos e fazemos prosseguimos rumo a carreira que nos está proposta.

Quando você pergunta a uma pessoa que você sabe que está derrotada, machucada e caída, dizendo: O meu irmão como está indo? Ele responde: Vai, indo ou vou levando. Daí, você com um ar de doçura passa a mão na cabeça ou no ombro de diz: Segue seu caminho (como o levita e o sacerdote fizeram), isso é falência religiosa, mas chegou o tempo de como o samaritano você parar, levar essa pessoa para ser tratada, ajudar, ainda que custe algo...

Por Igor Palomo Vieira

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