sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

PESCADORES DE HOMENS



“E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens” (Mateus 4:19).

Analisando a vida dos discípulos de Jesus, mais tarde escolhidos e nomeados pelo próprio Mestre como Apóstolos, observamos como eram simples esses homens, e quais modestas a profissões que exerciam. Além de pescadores, havia cobrador de impostos, e outros. Daí concluirmos que os grandes homens escolhidos por Deus para andarem lado a lado com Ele na pessoa do Seu Filho Jesus eram pessoas que em sua comunidade não exerciam nenhuma atividade de destaque ou que lhes trouxesse fama ou honra por parte dos “poderosos” daquela época. Talvez, o texto que mais confirme isso seja:

(1 Coríntios 1:26-29)“Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados. Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; Para que nenhuma carne se glorie perante ele”.

Ao contrário do que buscamos em nossos dias (pessoas influentes para nos aproximarmos e por tais contatos nos tornarmos conhecidos e “famosos”), Deus, em sua sabedoria, escolheu para si e confiou a obra de evangelização dos povos a homens que o mundo jamais notaria; em sua maioria desprovidos de qualquer conhecimento teológico; homens que conheciam ao Senhor de ouvir falar por meio da tradição de seus antepassados, conhecendo os preceitos básicos da lei judaica, mas que estavam longe de dominá-la, pois eram homens indoutos e iletrados (Atos 4:13), ou seja, não possuíam o domínio das Sagradas Escrituras, nem tampouco detinham a ciência farisaica dos rabinos da época – os chamados “doutores da lei”.

Com essa decisão e escolha, Deus mostra ao homem mais uma vez Sua soberania e total poder, assim como um princípio que devemos reter a fio, se não quisermos nos deixar ser confundidos pelo agir onisciente do Todo-Poderoso.

Dentre os escolhidos para “pescadores de homens”, um deles se destaca de forma especial. Seu nome é Simão, também chamado Pedro (ou Cefas). Vemos nesse homem a ousadia de um verdadeiro cristão. Mas vemos também em seus gestos e atitudes, o quanto Pedro inúmeras vezes era precipitado em suas palavras, e, agindo por impulso era envergonhado diante de seus companheiros por seus gestos de astúcia e ousadia, como por exemplo, ao ir ter com Jesus caminhando sobre as águas. No entanto, nem mesmo o seu jeito arrogante e precipitado conseguia detê-lo, pois em seu íntimo ele sabia QUEM o havia chamado e a razão pela qual tinha sido escolhido por Jesus para ser um dos seus seguidores, e muito mais que isso, Pedro seria incumbido, juntamente com os demais discípulos a dar seguimento à obra de evangelização do mundo iniciada por Jesus. 

O Pedro que confessou diante dos homens que Jesus era o Cristo, o Filho de Deus vivo (Mateus 16:16), foi o mesmo que negou ao seu Senhor no momento mais difícil e crucial na vida do Mestre.

Com a morte de Jesus, os discípulos ficaram tão desnorteados que nem sequer lembravam das promessas que Ele havia feito, quando em diálogo com eles os confortou dizendo que jamais os deixaria só ou desamparados, pois voltaria para o Pai, mas enviaria o Consolador, o Espírito da Verdade que o mundo não vê nem o conhece, mas que estaria com eles todos os dias, até a consumação dos séculos (João 14:16-17).

Quando Jesus retorna para o Pai a promessa se cumpre e o Espírito Santo é derramado sobre todos aqueles que confessavam a Jesus como o Filho do Deus Altíssimo, mediante uma atitude genuína e prática de arrependimento.

Após o derramar do Espírito Santo, aqueles homens que andaram com Jesus e que Dele ouviu Seus ensinamentos são revestidos de autoridade e poder de modo a confundir os doutores da lei. A célebre pergunta era: Como pode homens incultos e iletrados, rudes pescadores se tornarem sábios e eloquentes, de modo que em seus discursos multidões paravam para ouvi-los e de bom grado aceitavam a palavra que lhes era anunciada, de maneira a batizar num só dia quase três mil almas?(Atos 2:41)

O que fez com que homens iletrados como Pedro, escrevessem e falassem de forma tão culta e erudita e, acima de tudo, com muita unção, de modo a convencer com suas palavras homens sábios e entendidos das coisas desse mundo?

Só havia uma resposta: Eles andaram com Jesus. 

“Então eles, vendo a ousadia de Pedro e João, e informados de que eram homens sem letras e indoutos, maravilharam-se e reconheceram que eles haviam estado com Jesus”(Atos 4:13)

Aprenderam com o maior de todos os sábios que já existira em todos os tempos. Beberam do manancial que brotava diretamente do trono de Deus: O Espírito Santo que havia descido sobre eles. 

“E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo...” (Atos 2:2-4a).

Eles foram “cheios” do Espírito Santo quando aprenderam a ser “vazios” de si mesmos, de sua prepotência e aparente sabedoria humana, e este é o segredo para ser “cheio”, revestido das armas de Deus: Considerar nossa aparente sabedoria, força e glória como “nada” para receber o Poder do Alto. (Atos 1:8).

O único ser capaz de mudar o homem é o próprio Deus. Só Ele pode transformar homens rudes, arrogantes e covardes em verdadeiros instrumentos para o louvor, a honra e a glória do Seu Santo Nome. Somente Deus pode transformar “pescadores de peixes” em “pescadores de almas”. E tenha a certeza de que ninguém acredita mais no homem do que o próprio Deus. Mas para que Deus opere através de nós é preciso haver uma predisposição de nossa parte.  

Notamos que em toda Sua caminhada, Jesus nunca obrigou alguém a segui-lo. Ele simplesmente estendia o convite e advertia dos espinhos que havia no Caminho estreito e apertado, único capaz de conduzir o homem a Vida Eterna: Morrer com Ele. 

Deus tem infinitamente mais do que você imagina pra te oferecer, e o mesmo convite que Ele fez àqueles pescadores à beira da praia, hoje o Senhor estende a você. Você está disposto a cumprir o chamado do Mestre? Tenha em mente que o Deus que chama é o mesmo que capacita. Lembre-se que Ele não chamou os doutores, letrados, ou seja, os “capacitados” da época de Jesus; chamou homens simples e comuns dentre o povo, porém a esses capacitou e os tornou homens que com sabedoria manejavam tão bem a Palavra da Verdade (II Timóteo 2:15), de modo a levar multidões arrependidas de suas iniquidades e pecados aos pés de Jesus!

Talvez, o que esteja faltando em sua vida, é exatamente fazer como Isaías: reconhecer seu estado pecaminoso e clamar para que Deus lhe toque com a brasa viva do Seu Altar (o próprio Cristo) e de todo o coração declarar: “Eis-me aqui, Senhor, envia-me a mim!”

Você está disposto a ser também um “pescador de almas” ?
Pense bem, pois o convite hoje lhe é estendido. 
Abs, Sandrão

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